03/11/12 - Sábado – XXX semana comum
- Filipenses 1, 18-26 – “o viver é Cristo e o morrer é lucro”
São Paulo faz um depoimento da sua missão de
pregador do Evangelho aqui
neste mundo e nos dá um verdadeiro testemunho de
fé na vida eterna com
Cristo. Para ele viver ou morrer não fazia diferença,
o mais importante
era a convicção que tinha de que, vivendo ou morrendo, ser
de Cristo era
o seu maior motivo. Portanto, a sua única expectativa de vida
estava
posta em Jesus Cristo e o anúncio da Boa Nova de Deus para a
humanidade
era a meta que delineava a sua existência. O fato de estar preso,
acorrentado ao tronco, para ele era a glória, porque assim, Jesus Cristo
seria glorificado no seu corpo. Este é, sem dúvida, o maior estágio a
que nós cristãos poderemos alcançar nesta vida e a maior prova de que
realmente a nossa existência está nas mãos de Deus. Seremos realmente
livres quando conseguirmos nos desvencilhar de toda razão humana, de
todas as amarras da carne, das pessoas, dos bens, dos prazeres para
podermos também como São Paulo, afirmar: “Pois para mim, o viver é
Cristo e o morrer é lucro.” À primeira vista isso nos parece uma coisa
impossível, no entanto, é também uma questão de aprendizado. Aos
pouquinhos podemos exercitar e perseguir esse estágio começando a dar
pequeninos passos na vivencia do Evangelho, fazendo com que o amor que
há no nosso coração se concretize em atos e atitudes que nos libertem de
nós mesmos (as) e da nossa vontade própria. Um dia poderemos constatar
que o nosso viver é Cristo e até a morte será um lucro. - Você anda
muito preocupado (a) com a duração da sua vida? – Você tem aproveitado o
tempo presente para ser missionário (a) do amor de Deus? – Qual a
expectativa que você tem para com o seu futuro? – Você quer ser de
Cristo?
Salmo 41 – “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!”
Somos
peregrinos caminhando de volta para a nossa casa! O nosso coração
sonha sem
que a nossa razão perceba isso. Há no interior do nosso
coração um desejo de
transcendência, de liberdade. "A busca de Deus é a
busca da felicidade. O
encontro com Deus é a própria felicidade”, nos
diz também Santo Agostinho
confirmando as palavras deste salmo.
Evangelho – Lucas 14, 1.7-11 – “
humildade é a verdade”
Neste Evangelho Jesus nos dá um exemplo muito
simples e corriqueiro,
para nos ensinar o que significa ser humilde. A
humildade é o
reconhecimento da nossa capacidade e da nossa limitação no
exercício das
nossas obras aqui neste mundo, em outras palavras, do que
somos e temos
e do que não somos ou não temos. No entanto, não nos basta
reconhecermos
a nossa capacidade, competência e limitação, para que sejamos
verdadeiramente humildes diante de Deus. Precisamos também honrar o
nosso próximo com gestos de consideração e de caridade reconhecendo
também a sua competência e tudo a que ele tem direito. Para isso,
necessitamos nos vigiar a fim de não termos a pretensão de querermos ser
melhores que os outros tentando nos elevar acima daquilo que a nós foi
destinado. Elevamos a nós mesmos (as) quando nos colocamos acima das
outras pessoas e sentimo-nos superiores a elas; quando não as
reconhecemos como filhos e filhas de Deus, dotadas de dignidade,
portanto com direito aos lugares que lhes foram dedicados. Se fizermos
uma reflexão iremos constatar que o nosso viver é uma constante disputa
por lugares e privilégios e que estamos sempre, mesmo sem ter
consciência, querendo ofuscar o brilho dos outros. Porém, como cristãos,
precisamos nos colocar diante de Deus, e humildemente reconhecer que
toda a nossa capacidade nos é dada por Ele e só Ele tem autoridade para
nos colocar no lugar adequado. Aquele (a) que se diz cristão (ã) há de
confiar em Deus que providencia tudo de que precisarmos para bem viver.
Portanto, não precisaremos nos apressar para tomar os melhores lugares
porque o “nosso melhor lugar” é aquele que Deus já nos reservou para
ocupar. – Você gosta dos melhores lugares? – Você admite que alguém lhe
passe à frente no estacionamento? – Como você se sente quando isso lhe
acontece? – Você lembra-se dos outros quando quer ocupar os primeiros
lugares?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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