19/11/12 - 2ª. Feira – XXXIII semana comum
- Apocalipse 1, 1-4;2,1-5 – “ é
tempo de conversão”
Prisioneiro na ilha de Patmos, São João, recebe de Jesus,
através do seu
anjo, as revelações que estão contidas no livro do
Apocalipse. Estas
revelações se constituem num verdadeiro apelo à nossa
conversão e
mudança de vida. São exortações que nos motivam perseverarmos
fielmente
na vivência dos ensinamentos da Palavra de Deus. Assim sendo, o
anjo
proclama “Feliz aquele que lê e que escuta as palavras desta profecia e
também pratica o que nela está escrito”. Para nós, seguidores de Jesus
Cristo, é um alento saber que a nossa perseverança e fidelidade são
atributos preciosos na conquista do reino de Deus. Todavia, precisamos
estar convencidos de que isto somente não nos bastará: necessitamos
resgatar o amor dos primeiros tempos, que se prova no ardor pelo zelo
que praticarmos quando estivermos a serviço da causa de Cristo. Muitas
vezes, podemos estar fazendo as coisas apenas por fazer, como que
cumprindo uma obrigação, no entanto o Senhor nos pede muito que isso.
Ele quer que o nosso coração caminhe junto com as nossas ações e que
estejamos cheios de ardor e paresia. A afirmação, “o momento está
chegando”, significa que o tempo é de conversão, e que precisamos
assumir o projeto de Deus, para valer. “Converte-te e volta à tua
prática inicial” diz o Senhor. Precisamos repensar o nosso modo de amar
e servir a Deus. Ele nos ama com amor apaixonado e é com este Amor que
precisamos também servi-Lo, quando servirmos ao nosso próximo. Em
qualquer profissão ou estado de vida nós podemos servir ao Senhor na
construção de um mundo melhor, a partir dos nossos relacionamentos em
família, no trabalho e na comunidade da qual participamos. - Como está a
sua disposição em servir a Jesus Cristo? – A sua perseverança e
fidelidade retratam o que você sente no coração? – Você ainda tem o
ardor dos primeiros tempos, de quando você encontrou Jesus?
Salmo 1 –
“Ao vencedor concederei comer da árvore da vida”
Precisamos ser esta árvore
plantada à beira da torrente, para que a
nossa folhagem seja sempre
verdejante. A torrente é o Espírito Santo, a
Palavra, o culto ao Senhor, de
coração. Seremos vencedores na medida em
que nos entregarmos sem
constrangimento a esse rio de água viva que é
quem nos faz dar frutos de
amor e perseverança.
Evangelho – Lucas 18, 35-43 – “para enxergar de
novo”.
O relato do Evangelho de hoje nos leva a pensar que aquele homem
sentado
à beira do caminho, pedindo esmolas, embora estivesse cego já havia
enxergado antes. Por isso, diante da pergunta de Jesus ele respondeu,
“Senhor, eu quero enxergar de novo”. Olhando numa perspectiva espiritual
observamos que muitas vezes, muitos de nós, outrora enxergávamos e
sentíamos a presença de Deus, por isso, tínhamos confiança na Sua
providência e ação na nossa vida. No entanto, por causa dos
acontecimentos e situações adversas, nos distanciamos e ficamos cegos,
perdidos, tontos, tornando-nos verdadeiros mendigos de luz e orientação.
Ficamos, então, tal qual o cego, sentados à beira do caminho esperando
por socorro, mendigando e desejando que algo novo venha nos tirar
daquela situação. Na maioria das vezes nos acomodamos desanimados
esperando que alguém nos note e venha em nosso socorro. Não pedimos
ajuda e ficamos na nossa mendicância solitária e muda. A diferença,
porém, é que o cego de Jericó, mesmo não vendo, ele podia ouvir e podia
falar, por isso, gritou apesar das pessoas mandarem-no calar-se: “Jesus,
filho de Davi, tem piedade de mim!” Ele não se prendeu à sua limitação,
mas apesar dela, ficou atento ao que acontecia ao seu redor e percebeu
algo diferente quando a multidão passou por ele. E foi por causa da sua
persistência e determinação, que são atitudes de fé, que Jesus o curou
da cegueira. Nós também, podemos ocasionalmente, nos tornar cegos, às
vezes, pela falta de esperança, pela decepção, pelas perdas e fracassos,
pelas circunstâncias adversas, mas como o cego de Jericó, todos nós
temos oportunidade de sair do nosso estado de miséria aparente para, em
Nome de Jesus, pedir a ajuda a alguém. Se estivermos atentos (as) à
passagem do Senhor nas diversas oportunidades da nossa vida em que nos
sentirmos como que um coxo, paralítico, acamado, sem esperança, com
certeza, teremos a nossa vida renovada. Não podemos nos acomodar na
“beira do caminho”, quando muitos servos do Senhor passam por nós e nos
convidam a voltarmos a participar do reino dos céus, em momentos de
oração, de partilha e vivência do amor de Deus em comunidade. Mesmo que
haja pessoas na nossa frente que queiram nos impedir de reencontrar O
Salvador, Ele estará sempre atento ao nosso clamor. Aquele que sentir-se
necessitado, será lembrado. JESUS, FILHO DE DAVI, TEM PIEDADE DE MIM! –
Você ainda está esperando Jesus passar ou você já percebe que Ele está
perto de você e quer tirar todas as suas dúvidas? – Existe alguém que
está atrapalhando o seu encontro com Jesus? – Qual é a sua cegueira: o
que você ainda não está entendendo? – O que precisa acontecer para que
você saia do comodismo? – Você tem medo de que as pessoas o (a) mandem
calar-se ou você tem coragem de gritar por Jesus mesmo que chame a
atenção de todos?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade
Missionária Um Novo Caminho
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