“Irei deixar a mensagem do prefeito e falarei alguns minutos sobre a missão ad gentes”, antecipou. Ele destacou também suas expectativas para o Congresso. “Espero que esse Congresso Missionário dê forte ênfase à Missão Continental, porém, creio que deve-se colocar em relevo a Missão Ad Gentes, fora da América Latina. É importante que as Pontifícias Obras Missionárias se empenhem nesse desejo juntamente com a Comissão Missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), senão, jamais a Missão Continental irá acontecer”, exortou.
Sobre o tema do 3º Congresso Missionário Nacional, “Discipulado missionário: do Brasil para um Mundo secularizado e pluricultural, à luz do Vaticano II”, padre Vito aponta que trata-se de um tema atual, um “belo tema”, que abrange bem os problemas enfrentados não só pela evangelização na América Latina, mas também na América do Norte e Europa, que são: secularização, indiferença religiosa, oferta de muitas igrejas evangélicas, como também do budismo, hinduísmo, islamismo, a relativização da religião e do cristianismo. “É necessária uma nova evangelização, não somente para os cristãos, mas também para os não-cristãos”, ressaltou.
O secretário também lembrou a figura do beato papa João Paulo II que, em seu pontificado, reafirmou a importância da Igreja na América Latina para o mundo. “Movemos a América Latina e conquistaremos o mundo”. Após afirmar as proféticas palavras do então pontífice, padre Vito destacou os frutos que a Igreja Católica na América Latina e no mundo espera da Igreja no Brasil.
“Maior abertura da dimensão missionária para o exterior, mais vocações missionárias e, precisamos de um salto de qualidade porque senão só falamos e não acontece nada. Precisamos sair das palavras”. No entanto, advertiu que a “responsabilidade de trabalhar a dimensão missionária ad gentes é da CNBB e das dioceses”, e que cabe às Pontifícias Obras Missionárias, que é apenas um organismo do Vaticano, o papel de apoiar as iniciativas.
União Missionária
Uma das quatro Pontifícias Obras Missionárias, a União Missionária, tem o propósito de despertar o zelo apostólico entre os seus membros e, através deles, em todo o povo cristão, incrementando as vocações missionárias e uma melhor distribuição do Clero, valorizando a cooperação entre as Igrejas. Segundo del Prete, esta Obra nasceu também com foco na missão além-fronteiras. “A União Missionária nasceu para que cresça a missão ad gentes no mundo através dos pastores, padres, bispos e leigos”, isso porque, “se não formarmos pastores, leigos e religiosos, o povo jamais será missionário”, frisou.
Além de secretário geral da Pontifícia União Missionária, padre Vito Del Prete é o editor da Revista Omnis Terra (Toda a Terra) publicação que tem 17 anos e fala sobre missões em cinco idiomas (italiano, inglês, francês, espanhol e português). Aborda temas relacionados à formação, evangelização, à Igreja que sofre em diversos países, metodologia de evangelização, teologia e prática missionária. Del Prete é ainda diretor do Centro Nacional de Animação Missionária da Itália, que também pertencente à União Missionária; desenvolve trabalhos de formação para bispos, formadores de seminário, padres, religiosos, leigos, com o objetivo de formar a personalidade apostólica.
CNBB
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