17/06/12 – XI Domingo do tempo comum
Reflexão Pessoal – 1ª. leitura – Ezequiel 17,22-24 – “ somos também como as árvores”
Somos também como as árvores: a partir da nossa simplicidade e pequenez Deus poderá fazer em nós grandes maravilhas e, através de nós, mostrar o Seu poder ao mundo todo. A humildade é uma prerrogativa dos que se abandonam à misericórdia de Deus e esperam pela Sua ação. Quando nos sentimos fracos e impotentes e nos entregamos à ação poderosa de Deus somos como árvores que produzem frutos e abrigam os pássaros que vêm em busca de refúgio. O próprio Deus nos arranca das coisas grandes, dos mirabolantes projetos e como sementes nos planta no lugar onde poderemos ser úteis para o bem de todos. Portanto, para desempenharmos bem a nossa missão no mundo todos precisamos ser como essa árvore que dá sombra e fruto aos que dela se aproximarem. Contudo, para podermos acolher e alimentar os filhos de Deus, não temos necessidade dos bens materiais, mas somente nos apossar dos dons do Espírito Santo que já recebemos no nosso Batismo. A graça que recebemos de Deus nos basta para usufruirmos dos dons e talentos que Ele nos concedeu para que tenhamos uma vida próspera e abundante. – Você já se entregou à Deus para que o (a) plante no lugar que Ele quer? – Você já está dando frutos que alimentam os filhos de Deus? – Você tem dado sombra a alguém? – Você é uma pessoa humilde?
Salmo 91 – “Como é bom agradecermos ao Senhor!”
Haveremos sempre de agradecer ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo, porque é Ele quem nos faz crescer como a palmeira e florir igual o Cedro, não importando a idade, até mesmo na velhice. O nosso crescimento humano e espiritual é uma consequência da nossa entrega ao Senhor que nos modela ao Seu gosto. O homem justo é aquele que se ajusta aos moldes de Deus. Assim, ele crescerá de acordo com o plano do Senhor e dará frutos em qualquer época da sua vida.
2ª. Leitura – 2 Coríntios 5,6-10 – “somos peregrinos em busca da pátria ” –
São Paulo nos lembra de que enquanto caminhamos neste mundo somos peregrinos e estamos distantes da visão de Deus. Peregrinamos exclusivamente na fé e na confiança de que um dia iremos chegar mais perto de Deus. Mesmo assim, precisamos nos empenhar em sermos agradáveis e reconhecidos ao Senhor enquanto aqui vivemos, na certeza de que teremos de comparecer um dia, às claras, diante do tribunal de Cristo. Seremos julgados pelas nossas ações enquanto aqui estamos e receberemos a recompensa – prêmio ou castigo – de acordo com o que tivermos feito ao longo da nossa vida corporal. Esta é uma realidade a que não podemos fugir nem tampouco esquecer. Igualmente nunca deveremos olvidar de que o tempo presente é um presente que Deus nos concede com o propósito de nos dar oportunidade para produzir frutos que permaneçam até a vida eterna. – Você tem aproveitado bem o tempo que Deus lhe dá? – Você tem feito obras que agradam ao Senhor? – Qual é o material que você tem enviado para construir a sua casa na outra vida?
Evangelho – Mateus 4,26-34 – “A conversão é o reino de Deus crescendo dentro de nós”
Usando palavras bem simples Jesus nos explica como é que acontece o processo da nossa conversão. A semente é a Fé que por meio da Palavra de Deus vai sendo espalhada no nosso interior quando nós a ouvimos com atenção, quando nós a meditamos e abrimos o nosso coração para acolhê-la. Sem que nós notemos a semente do reino vai germinando e crescendo dentro de nós por obra do Espírito Santo. Nós apenas oferecemos a terra do nosso coração e o próprio Deus planta, rega e cultiva a nossa alma. Assim como na árvore aparecem primeiro, as folhas, depois a espiga e por fim os grãos, dentro de nós vão se manifestando as características que identificam que o reino de Deus já acontece na nossa vida. Isto é conversão e não acontece de uma hora para outra. Exige tempo, maturação, abertura de coração, perseverança na oração, na meditação da Palavra e, principalmente, o desejar viver este reino aqui na terra. O reino de Deus é um estado de espírito! É um modo de ser de Deus e de pertencer a Ele depositando a nossa confiança e o nosso ideal nos Seus desígnios para nós. Jesus passa então a ser o Senhor e Rei da nossa vida e a nossa maior motivação. As características do reino vão evoluindo em nós assim como o grão de mostarda que de pequenina semente se torna uma grande árvore que dá abrigo aos pássaros do céu. Estas características são visíveis através das nossas ações de generosidade, acolhimento, fraternidade, solidariedade e do saber relacionar-se bem com o próximo, perdoando, partilhando e compreendendo. – Você sente em si as características do reino de Deus? - Você tem observado as transformações que estão acontecendo em você? – Houve mudanças no seu temperamento? – Você tem crescido no processo de conversão?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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