09/05/12 – 4ª. Feira V Semana da Páscoa
– Atos 15, 1-6 – “ as divergências são superadas pelo Espírito Santo”
À medida que a Igreja crescia, apareciam também as primeiras dificuldades por causa de divergências e diferenças de opiniões e, como consequência também discussões e confusão. A circuncisão era uma regra judaica do Antigo Testamento a qual depois da entrega de Jesus na Cruz para a salvação do homem, não havia mais sentido em ser cumprida. Porém, existiam naquele tempo, como existem hoje, aqueles (as) que são “zelosos (as)” da lei e das regras, mas esquecem de que o objetivo da Lei de Deus é que se viva no SEU AMOR. Os apóstolos, no entanto, com grande sabedoria resolveram reunir-se para que o próprio Espírito Santo os conduzissem nas resoluções da comunidade cristã.
Para nós também, esse é um processo natural quando nos empenhamos em edificar o reino de Deus formando comunidade. Hoje também existem aqueles que, motivados pela severidade e rigor, olham mais para as regras e não percebem a ação misericordiosa de Deus. Por isso mesmo as divergências sempre irão acontecer, no entanto Deus deu a todos nós inteligência e a sabedoria do Seu Espírito para que pudéssemos iluminados por Ele, chegar à unidade de pensamento, de ideal e de objetivo. Os apóstolos, ao mesmo tempo em que divergiam também se alegravam com os prodígios e a conversão daqueles que nunca haviam ouvido falar de Jesus. Na nossa comunidade e na nossa família precisamos também agir assim e não nos inquietarmos com os desacordos de opiniões e a diversidade de conceitos. Se nos reunirmos e colocarmos os nossos pensamentos e sentimentos à mostra de todos, sob a luz do Espírito Santo, com certeza, conseguiremos acertar as arestas, perceber o que é essencial e, baseados (as) na regra do Amor, também chegarmos à unidade apesar das nossas diferenças. - Você se aflige quando há divergências na sua casa ou na comunidade? - O que você tem feito quando elas acontecem? – Você tem enxergado os pontos positivos da sua família e da comunidade? – Você tem se alegrado com eles?
Salmo 121 – “ Que alegria quando ouvi que me disseram: vamos á casa do Senhor!”
Jerusalém é a cidade santa e significa para nós a Igreja que mesmo ainda caminhando aqui na terra tem um desígnio de santidade. Por isso, nós que nos consideramos Igreja ficamos alegres porque caminhamos para a casa do Senhor. Jerusalém também é cada um de nós que somos moradas de Deus.
Evangelho – João 15, 1-8 – “Permanecer em Jesus, eis a questão”
Neste Evangelho Jesus nos ensina a maneira como pudemos viver de acordo com a vontade do Pai recebendo Dele tudo de que precisamos para ser feliz. É permanecendo em Jesus por meio da Palavra que Ele nos falou que estaremos também ligados ao Pai, Aquele que cuida e zela por cada um de nós.
Para nos explicar isto Jesus se valeu de figuras inerentes à vida cotidiana do povo de Israel, na maioria, agricultores e pescadores. Com efeito, nós também precisamos nos amoldar à mensagem da Palavra nos situando no contexto proposto por Ele. Nós sabemos que toda árvore precisa ter raiz, tronco e galhos que dão suporte às folhas e aos frutos. A videira é uma trepadeira, planta que cresce apoiando-se sobre outra ou sobre qualquer superfície. Sabemos também que a árvore é uma semente que foi plantada na terra e precisa ser cuidada para permanecer bonita. Jesus faz então uma comparação belíssima entre a figura da videira, com o Pai, o Filho, o Espírito Santo e todos nós que estamos unidos num só Amor. Jesus é a árvore verdadeira, o Espírito Santo é a seiva do amor do Pai que alimenta a árvore e nós, os galhos que precisam de um apoio para crescer e, por isso, devem estar unidos à arvore a fim de receberem o nutriente que os faz produzir frutos bons. O Pai cuida de nós a fim de que permaneçamos na árvore, no entanto, não podemos estar na árvore somente por estar confiando em nós mesmos. Necessitamos crescer em beleza e utilidade. Quando estamos com aparência feia, isto é, quando exibimos as deficiências por causa do pecado, o Pai, então, como faz o agricultor, nos poda, nos purifica e lança fora tudo o que estava nos enfeando e nos impedindo de dar fruto. O galho que não permanece preso à árvore é jogado fora. Portanto, quando não estamos em Jesus, unidos a Ele em espírito e em verdade, nós nos tornamos galhos secos, sem utilidade. Vivemos a desesperança, a frustração, a tristeza, o desânimo e acabamos sós. Assim, nunca seremos felizes porque nos falta a seiva do Espírito a qual nos alimenta e fecunda o nosso coração. Dentro de nós foi plantada a semente do Amor do Pai, que é o Espírito Santo, porém só permaneceremos nesse Amor, se conservarmo-nos ligados ao Seu Filho, Jesus Cristo. - Você se sente como um ramo ligado à árvore que é Jesus? – Você tem intimidade com Deus? – Os frutos que você tem oferecido ao mundo são frutos doces ou amargos? – O que precisa acontecer para que você dê frutos melhores? – Você acha que tem permanecido em Jesus e Ele em você?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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