18/03/12 - IV Domingo da Quaresma
– 2 Crônicas 36,14-16.19-23 – “o Senhor nos tira do exílio”
O povo de Israel multiplicava as suas infidelidades e transgressões imitando as práticas dos pagãos e, por isso sofria as consequências das suas abominações. Todavia, o Senhor, compassivo, continuava lhes dirigindo a palavra por meio de seus mensageiros, admoestando-lhes com solicitude. Apesar das mensagens que o Senhor lhes mandava pela boca dos profetas, eles procediam mal e ainda zombavam dos enviados de Deus. Por isso, o Senhor se levantou contra eles e deixou-os entregues aos inimigos que, tomando conta da cidade, os deportaram para o exílio na Babilônia, tornando-se eles, então, escravos do rei Nabucodonosor. Depois setenta anos de penúria, porém, o Senhor os retirou de lá pelas mãos de um homem, Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a Sua Palavra antes pronunciada pela boca do profeta Jeremias. Ciro, o homem que foi escolhido por Deus para retirar o seu povo da expatriação, não fazia parte do povo de Israel, no entanto, movido pelo Espírito de Deus, exaltou o Senhor que lhe concedera o privilégio de possuir todos os reinos da terra e de construir para Ele um templo em Jerusalém. No contexto deste relato nós percebemos nitidamente qual é a atuação do homem e a ação de Deus nos acontecimentos do mundo. O mesmo acontece conosco, hoje. As nossas transgressões e infidelidades nos levam muitas vezes para o exílio do pecado, mas, da mesma forma, nós podemos perceber que Deus usa a quem Ele quer, do jeito que Ele quer para nos salvar do cativeiro do pecado para onde muitas vezes nós somos deportados (as). A meta do Senhor é a nossa libertação e, para que isso possa acontecer, Ele usará de todo e qualquer artifício que nós mesmos (as) não podemos compreender. - Isso tem alguma coisa a ver com a sua vida, quando você não ouve os mensageiros de Deus, quando você se afasta e zomba das coisas de Deus? - Já lhe aconteceu isso? Quem foi o instrumento que o Senhor usou para resgatá-lo (a) do exílio?
Salmo 136 – “Que se prenda a minha língua ao céu da boca se de ti, Jerusalém eu me esquecer!”
O salmo retrata a angústia do povo de Israel no exílio da Babilônia quando ele era obrigado a cantar os cantos de Sião, chorando de saudade. “Como havemos de cantar os cantares do Senhor numa terra estrangeira?”, perguntavam eles. Assim também nós nos sentimos quando estamos longe de Deus: não conseguimos nos alegrar. A nossa pátria é o céu aqui nós somos estrangeiros.
Efésios – 2, 4-10 – “salvos pela fé”
É pela graça que nós somos salvos, na medida da nossa fé em Jesus. Assim, São Paulo nos afirma que Deus é rico em misericórdia, por isso com muito amor Ele nos deu a vida em Cristo, quando ainda estávamos mortos (as) por causa das nossas faltas. Deus é bom e o seu objetivo é salvar a humanidade. Assim como tirou o Seu povo do Exílio na Babilônia, Ele também deseja nos tirar do exílio do pecado. Jesus Cristo é o Seu enviado para nos salvar de todas as consequências das nossas faltas e para nos fazer ressuscitar com Ele e, unidos a Ele, nos fazer também sentar nos céus. Tudo isto é graça e dom de Deus, portanto, não depende das nossas obras. Deus nos criou em Jesus Cristo para as boas obras que Ele mesmo preparou de antemão para que as praticássemos. E as boas obras que Deus preparou para nós são a vivência dos Seus ensinamentos os quais nos levam a praticar o amor e a justiça. Neste tempo, quando se aproxima a Páscoa, precisamos meditar muito na graça que alcançamos e que mais uma vez iremos reviver. Não podemos nos perturbar nem entristecer por nada. O Senhor Deus é Pai e quer a nossa felicidade, por isso, Ele nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar-nos nos céus em virtude da nossa união com Ele. - Você já se sente libertado do exílio? – Você tem praticado as boas obras que Deus lhe preparou? – Você tem consciência de que também está no céu, com Cristo?
Evangelho – João 3,14-21 “Jesus, luz do mundo”
Jesus veio ao mundo para manifestar o Amor de Deus por todos aqueles e aquelas que crerem Nele como o Seu Único Filho que morreu para nos dar uma vida nova. Quando nos rendemos às evidências da Salvação de Jesus também nos conscientizamos de que temos um Pai de Amor e um Espírito que nos fortalece com este Amor. Somos chamados (as) a amar como Jesus amou, sem julgamentos, sem suposições, sem acusações. Somente amar, por Amor a Deus. Ele não veio para condenar o mundo, mas para salvá-lo do pecado e da morte eterna. Veio como a Luz que tira toda treva que nos faz viver na escuridão. Os que crerem Nele serão salvos! Somente será condenado (a) quem não apossar-se das graças de Deus derramadas no Seu Sangue vertido da Cruz. É um grande e lindo mistério que não nos cabe explicar, mas apenas aceitar de coração aberto. A Luz de Deus ilumina o homem e mostra ao mundo as suas ações. Aquele que está em pecado não consegue se aproximar de Deus, porque Deus é Luz reveladora. A vida eterna consiste em se ter comunhão com o Pai. É este o propósito da entrega de Jesus na Cruz. Nunca poderemos duvidar dessa verdade: Quem crê em Jesus Cristo não será condenado. O tempo nos é propício, não podemos mais dormir. Jesus veio para nos dar uma vida de qualidade. - Você realmente crê que Jesus é o único que pode salvá-lo (a)? – Você já se apossou do Amor poderoso de Deus? – Você acredita que Jesus Cristo morreu por você? - Você tem coragem de dizer isso para todo mundo, ou você se envergonha de tratar desses assuntos por ai a fora?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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