João 12, 20-33
QUINTO DOMINGO DA QUARESMA
Restam apenas sete dias para a Semana Santa e à medida que se aproxima o fim da Quaresma, vai adquirindo figura mais nítida a meta que ele propõe: a Páscoa, isto é, a celebração da morte e ressurreição salvadoras de Cristo.
Se este mistério pascal era anunciado nos últimos dois domingos com o desafio da destruição e reedificação do Templo em três dias e com a comparação da serpente erguida no deserto, hoje, o é com a parábola do grão de trigo.
O episódio evangélico de hoje (João 12, 20-33) situa-se depois da entrada messiânica de Cristo em Jerusalém e antes do lava-pés dos discípulos durante a última ceia. O texto é rico em temática e desenvolvido na base dos contrastes. Dentro de sua complexa redação podemos distinguir estas passagens: 1ª) alguns prosélitos gregos querem ver Jesus; 2ª) resposta de Cristo, centralizada no tema de sua hora; 3ª) a voz do céu e esclarecimento de Jesus: “quando eu for elevado a terra, atrairei todos a mim.”
O fato de alguns prosélitos gregos, presentes em Jerusalém, por ocasião da festa da Páscoa, procurarem ver Jesus para conhecê-lo, parece que dá o sinal de sua partida. Chegou a hora de o filho do homem ser glorificado, diz Ele de si mesmo. No quarto evangelho a glorificação de Cristo significa sua paixão, morte e ressurreição, que Ele mesmo explica em seguida, com três referências em mútua conexão: o grão de trigo, o seguimento de seu discípulo e a obediência ao Pai. A breve parábola do grão de trigo baseia-se na fecundidade do mesmo: “Se o grão de trigo não cai em terra e morre, fica infecundo; mas se morre, dá muito fruto.”
Pe. Raimundo Nonato de Oliveira Neto
Pároco de São Vicente
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