Professor Miguel Pereira, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (RJ), conhecedor do significado dessa premiação, ressalta que ao criar os Prêmios: Margarida de Prata, para o cinema; Microfone de Prata, para o rádio; Clara de Assis, para a televisão e Dom Hélder Câmara, para a imprensa, a Conferência dos Bispos buscou estabelecer um diálogo com o mundo da comunicação, da cultura e da criação artística, e, ao mesmo tempo, reconhecer e valorizar o trabalho dos profissionais que se empenham no sentido de produzir obras de qualidade que dignifiquem o ser humano como protagonista e sujeito da história.
“O mais antigo dos Prêmios é o Margarida de Prata que foi criado em 1967 e já premiou mais de 100 filmes brasileiros entre longas e curtas-metragens e menções especiais. É reconhecido pelos cineastas e produtores nacionais como um prêmio de qualidade das obras em seus aspectos temáticos, artísticos e técnicos, além do prestígio que confere aos autores. Já receberam o Margarida de Prata, entre outros de uma longa lista, cineastas como Walter Salles por Central do Brasil, Terra Estrangeira e Abril Despedaçado; Silvio Tendler por Os anos JK, Jango, Castro Alves - Retrato do poeta e Utopia e barbárie, Josué de Castro, cidadão do mundo; Roberto Farias por Pra frente Brasil; Leon Hirszmann por São Bernardo, Eles não usam black-tie e Imagens do inconsciente; João Moreira Salles por Nelson Freire, Notícias de uma guerra particular e Santiago; Vladimir Carvalho por Pedra da riqueza, Evangelho segundo Teotônio, Conterrâneos velhos de guerra; Eduardo Coutinho por Boca de lixo, O fio da memória, Santo Forte, Edifíciio Master; Nelson Pereira dos Santos por A terceira margem do rio e Raízes do Brasil”, relata professor Miguel Pereira.
O professor ainda lembra que o prêmio Microfone de Prata foi instituído pela Rede Católica de Rádio (RCR) e é atribuído aos programas dessas emissoras que melhor anunciam os conteúdos em favor de uma evangelização e de uma consciência cidadã mais presente na vida social brasileira. É também uma forma de incentivo para os comunicadores católicos no sentido do aprimoramento de seu trabalho e no empenho de uma difusão cada vez mais ampla e abrangente da mensagem cristã pelas ondas e espaços virtuais. O Prêmio Dom Hélder Câmara de Imprensa foi criado para destacar as reportagens e matérias que ressaltam os valores humanos ou denunciam as suas violações. Reconhece também a informação construtiva e a boa notícia veiculada pela imprensa brasileira. O último prêmio criado pela CNBB foi o Clara de Assis que distingue obras jornalísticas, ficcionais ou de entretenimento que evidenciam valores humanos e cristãos em suas propostas.
Cada um dos prêmios tem regulamento próprio sobre os critérios de participação e esses documentos juntamente com as fichas de inscrição estão disponíveis no link: http://www.cnbb.org.br/premioscomunicacao/index.html
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