Por Padre Marco Passerini*
Gostei de ver. A Diocese de Sobral foi a primeira do Ceará a receber a Cruz e o Ícone, símbolos da Jornada Mundial da Juventude 2013. Sem desmerecer os demais lugares de Sobral por onde a Cruz peregrinou, me emocionei em saber que os portões da Penitenciária Industrial Regional de Sobral se abriram para deixar a Cruz passar. Graças também à sensibilidade do bispo Dom Odelir e o trabalho perseverante da Pastoral Carcerária.
E haveria, por acaso, lugar mais apropriado que um cárcere, para erguer o Crucificado, Aquele que morreu na cruz para devolver a liberdade a todo o ser humano? Ou lugar mais aconchegante para a Mãe do Filho do Homem confortar os crucificados e suas mães sofredoras?
Haveria territórios mais apropriados e necessitados que as Unidades de Medidas Socioeducativas, os Hospitais e os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), os becos e as favelas intransponíveis, os lixões e os barracos nas áreas de risco e as calçadas do povo de rua, para os grandes braços da Cruz peregrina ter a chance de abraçar tantas vidas que morrem à míngua?
Boto Fé sim, no Crucificado que, como outrora, não perdeu ainda a confiança e a ousadia de repetir: “Venham e vejam” Jo 1,39.
Boto Fé sim, nos jovens seduzidos pelo rosto do Filho do Homem estampado nas feições sofridas de tantas e tantos que não mais agüentam suas pesadas cruzes, jovens decididos a subir, no dia-a-dia, os calvários da vida feitos Verônicas e Cireneus.
O Bota Fé da Cruz e do Ícone vem e vai embora. Nos palanques midiáticos, ao termino do show, as luzes se apagam, baixa a adrenalina e se dispersa a multidão.
Mas, nos calvários do campo e da cidade, por falta de pastores muitas vidas continuarão ameaçadas.
Boto Fé que a passagem da Cruz nos tenha apontado, sem ambigüidades, os únicos caminhos que nos podem levar até onde Ele mora.
E haveria, por acaso, lugar mais apropriado que um cárcere, para erguer o Crucificado, Aquele que morreu na cruz para devolver a liberdade a todo o ser humano? Ou lugar mais aconchegante para a Mãe do Filho do Homem confortar os crucificados e suas mães sofredoras?
Haveria territórios mais apropriados e necessitados que as Unidades de Medidas Socioeducativas, os Hospitais e os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), os becos e as favelas intransponíveis, os lixões e os barracos nas áreas de risco e as calçadas do povo de rua, para os grandes braços da Cruz peregrina ter a chance de abraçar tantas vidas que morrem à míngua?
Boto Fé sim, no Crucificado que, como outrora, não perdeu ainda a confiança e a ousadia de repetir: “Venham e vejam” Jo 1,39.
Boto Fé sim, nos jovens seduzidos pelo rosto do Filho do Homem estampado nas feições sofridas de tantas e tantos que não mais agüentam suas pesadas cruzes, jovens decididos a subir, no dia-a-dia, os calvários da vida feitos Verônicas e Cireneus.
O Bota Fé da Cruz e do Ícone vem e vai embora. Nos palanques midiáticos, ao termino do show, as luzes se apagam, baixa a adrenalina e se dispersa a multidão.
Mas, nos calvários do campo e da cidade, por falta de pastores muitas vidas continuarão ameaçadas.
Boto Fé que a passagem da Cruz nos tenha apontado, sem ambigüidades, os únicos caminhos que nos podem levar até onde Ele mora.
*Padre Marco Passerini é missionário Comboniano e coordenador Regional da Pastoral Carcerária. O blog dele é http://marcopasserini.blogspot.com/
Fonte: Site da Arquidiocese de Fortaleza
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