20/01/12 - 6ª. Feira II semana comum
– 1 Samuel 24, 3-21 – “prova de lealdade”
A atitude de fidelidade de Davi é para nós um exemplo a seguir todas as vezes que tivermos consciência da nossa eleição, da nossa escolha para alguma função, apesar de que alguém ainda não queira admitir o fato. Deus deu a David poder sobre Saul e entregou em suas mãos o destino do ex-rei de Israel dizendo: “Eu te entregarei o teu inimigo, para que faças dele o que quiseres”. David, porém, permaneceu fiel a Saul e não lhe fez mal algum, mas apenas, como prova da sua eleição, arrancou um pedaço do seu manto e o apresentou a ele a fim de provar a sua lealdade. Saul, finalmente acreditou e reconheceu que o Senhor entregara nas mãos do jovem Davi, o reino de Israel. Nós também não precisamos vencer quem é mal lhe fazendo mal, pois quando somos escolhidos (as) pelo Senhor para realizar alguma obra, naturalmente nós recebemos Dele o poder para derrotar a quem é instrumento do mal. Não precisamos nos rebelar contra as pessoas que ainda não nos aceitam, pois o Espírito Santo é quem age em nós e nelas também, é Ele quem nos convence. Se o Espírito do Senhor está conosco nada havemos de temer, mas somente confiar e agir sem precipitação. A Deus compete a vingança, por isso, nunca poderemos querer fazer justiça com as nossas próprias mãos, mesmo que sejamos perseguidos (as) pelos “reis” desse mundo. Saul foi mordido pelo bicho da inveja e do despeito, mas a lealdade de Davi fez com que ele abrisse os olhos para enxergar a sua insanidade. – Como você se comporta quando é escolhido (a) para estar à frente de algum empreendimento que antes era dirigido por outro? – Qual é a sua atitude quando você sabe que há alguém que não aceita o seu comando? – Você tenta desmascará-lo? – Você acha que tem fazer alguma coisa em represália ou procura conquistar esta pessoa?
Salmo 56 – “Piedade, Senhor, tende piedade!”
Quando nos sentirmos perseguidos, ao invés de querermos fazer justiça com as nossas mãos, nós precisamos dirigir súplicas Àquele que pode nos libertar. “ Piedade, Senhor, tende piedade”! Esta é a nossa oração, pois a nossa alma precisa se abrigar à sombra da Misericórdia do Senhor, até que passe a tormenta que nos assola. Do céu é que vem a ajuda para vencermos os nossos opressores, pois de lá Deus nos envia a sua graça e só isto basta.
Evangelho – Marcos 3, 13-19 – “as nossas escolhas”
As escolhas do Senhor se dão naturalmente, sem grandes alardes, assim como fez Jesus quando chamou os doze. Jesus aproximou-se de cada um deles, conheceu a sua realidade, a sua história e chamou os que Ele quis. Jesus não fazia nada para impressionar nem provocar elogios, Ele tinha somente um objetivo: fazer a vontade do Pai para que não se perdesse ninguém. Ainda hoje as escolhas de Deus não têm lógica humana, mas o Seu chamado para nós é irrevogável! Ele vê o coração e faz as Suas escolhas dentro do que é justo e não de acordo com as nossas razões humanas, por isso, Ele escolhe pessoas que aos nossos olhos são incapazes, sem gabarito, despreparadas. Todavia sabemos que Ele capacita os que não têm capacidade e adestra os Seus escolhidos. No trabalho do reino vale mil vezes mais o que temos dentro do nosso coração do que a capacidade intelectual que possuímos. Se Jesus tivesse chamado muita gente, para agradar, ou para fazer justiça aos olhos do mundo, o trabalho do reino não teria sido eficaz. Portanto, Ele chamou aqueles que Ele quis para subir o monte com Ele. Nem todos poderiam subir. A metodologia de Jesus é muito simples e profunda, Ele chamou aqueles que poderiam ficar muito perto de si, gozando da sua intimidade, recebendo um ensinamento partilhado concretamente para que fosse frutuoso e depois eles pudessem lançar sementes em terra boa. Jesus sabia que na Sua Missão Ele teria que enfrentar dificuldades também com os Seus escolhidos. Sabia que estaria lidando com homens cheios de defeitos, mas mesmo assim não desistiu e foi com eles, até o fim. Esse é um valioso ensinamento para nós quando tivermos que fazer opções e usar critérios de escolha nos nossos empreendimentos. Precisamos examinar como é que estamos fazendo as nossas escolhas, principalmente entre as pessoas que caminham junto de nós; quais os critérios que nós usamos quando nos aproximamos de alguém para fazer parte do nosso círculo de amizade; se estamos fazendo algum cálculo racional ou se temos ideias formadas a respeito deles. As nossas amizades são consequência dos encontros da nossa vida por isso, precisamos também prestar atenção onde é que estamos encontrando os “nossos amigos”. Precisamos procurar descobrir com Jesus, na sua Palavra e em oração, qual é a vontade de Deus nas diversas circunstâncias da nossa vida, assim, também poderemos ir com os nossos escolhidos até o fim. - Como é o seu critério quando tem que escolher alguém para uma missão específica? – Você quer agradar alguém ou ser agradado na sua escolha? – Você se revolta quando não é escolhido (a) para um lugar importante ou espera a hora de Deus para você? – Como e aonde você tem encontrado “amigos”? – Você é capaz de acolher no seu círculo de amizade aqueles (as) que aparentemente não têm nenhum brilho?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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