16/01/12 – 2ª. Feira II semana comum
- 1 Samuel 15, 16-23 – “o pecado de Saul”
A desobediência de Saul às ordens do Senhor foi o que motivou Samuel a
destituí-lo da sua condição de rei de Israel. Saul excedeu na sua liberdade e foi
mais além do que lhe competia por isso, o Senhor retirou dele o governo do povo
de Israel. Ele infringiu as instruções do Senhor apoderando-se dos despojos dos
povos vencidos. Assim como Deus o escolhera dentre muitos, para ser
consagrado rei do Seu povo combatendo para defendê-lo dos inimigos, também,
agora, o rejeita por desagradá-lo transgredido às Suas ordens. Nós também,
muitas vezes com a desculpa de que temos autoridade porque estamos à frente
de algum trabalho, cometemos injustiças e nos “apoderamos” do que não
devíamos. Em Nome de Deus fazemos coisas que não condizem com os Seus
ensinamentos e assim, também “desobedecemos” às Suas ordens.
Enfraquecemos o nosso ministério e o Senhor nos tira a unção para entregar a
outro. Por mais fracos que nos reconheçamos ser, temos que ter como meta
principal a obediência ao que a Palavra de Deus nos orienta. A Palavra de Deus
deve ser o farol que ilumina os nossos passos e as nossas ações. “A obediência
vale mais que o sacrifício”, diz a Palavra... “A rebelião é um verdadeiro pecado de
magia, um crime de idolatria, uma obstinação”. Assim sendo a Palavra de hoje
nos adverte para que não sejamos rebeldes, mas dóceis às sugestões do Espírito
Santo. Quando nos revoltamos e nos insubordinamos nós estamos nos nivelando
com aqueles que são adúlteros e traem a confiança de Deus. – Como você tem
agido em relação a missão que o Senhor lhe entregou? – Será que você
também tem extrapolado e abusado da sua autoridade? – Qual a lição
que você tira desta leitura para a sua vida em família e na comunidade?
Salmo 49 – “A todo homem que procede retamente eu mostrarei a salvação que vem de Deus!”
O que agrada a Deus é que tenhamos um coração dócil e submisso a toda obra
boa que Ele deseja realizar em nós. Muitas vezes queremos fazer sacrifícios para
martirizar a nossa carne, no entanto, o Senhor se agrada do nosso louvor, do
nosso espírito rendido a Ele e da nossa adesão ao Seu projeto de Amor. A
confiança que tenhamos nos planos de Deus para nós é a prova de que estamos
procedendo retamente e de que a Sua justiça que é a nossa salvação se
concretiza na nossa vida.
Evangelho – Marcos 2, 18-22 – “ vinho novo em odres novos”
Jesus Cristo veio instaurar na terra o reino de Deus que é completamente
diferente do reino dos homens. O reino dos céus tem o amor como primeira regra
e tudo que foge a esta verdade destoa do que é proposto por Jesus Cristo. O
homem de mentalidade mundana, não entende as coisas do espírito. Jesus nos
adverte que para sabermos entender as coisas do alto nós precisamos de
renovação, nascer de novo e ter uma nova visão sobre a realidade da vida. Por
isso, Ele quis dá um novo sentido ao jejum que os fariseus praticavam, apenas
para cumprir a lei. O jejum só tem sentido se for praticado movido por uma razão
que tenha como fundamento o amor, a alegria, a satisfação. Por isso, Ele justifica
o fato dos Seus discípulos não jejuarem porque não havia motivação, pois
sentiam a alegria da Sua presença comparando isto a uma festa de casamento,
onde todos se regalam por causa do noivo. Jejuar por obrigação, só para dar
satisfação às regras impostas pelos homens se torna uma ação inócua - como que
um vinho novo colocado em odres velhos - e talvez até seja rejeitada por Deus. O
Jejum de coração, oferecido a Deus em vista de um bem maior é o vinho novo
colocado em odre também novo. Tudo o que nós fazemos forçados ou por
obrigação não tem ressonância em nós e não ajuda no nosso crescimento. O
remendo novo em pano velho rasga-o; o vinho novo em odre velho rompe-o.
Portanto, precisamos de nova mentalidade, necessitamos de abertura interior
para que aconteça em nós a purificação necessária e nos tornemos novos, para
acolher o novo. - Qual o sentido que você dá ao jejum? Para que finalidade
você jejua? Como você se sente?- As coisas que você tem feito para o
reino de Deus, você o tem feito por amor ou por obrigação? – Você tem
cumprido com a sua missão de coração? – Você tem feito algo forçado
com má vontade? – Como você encara as propostas de Jesus para a sua
vida?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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