sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

VATICANO FALA SOBRE BISPO ILEGÍTIMO PRESENTE EM ORDENAÇÃO NA CHINA

Novo Bispo da Diocese de Yibin, Peter Luo Xuegang (à direita), ao lado do agora Bispo emérito, Dom John Chen Shizhong, durante cerimônia de ordenação
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, falou sobre a presença de um Bispo ligado à Associação Patriótica Católica Chinesa * na cerimônia de ordenação episcopal do novo Bispo da Diocese de Yibin, província do Sichuan, Luo Xuegang, que conta com a aprovação da Santa Sé. A celebração aconteceu na quarta-feira, 30.

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"Soube, através dos meios de comunicação, que houve a ordenação de padre Peter Luo Xuegang como Bispo coadjutor da Diocese de Yibin, em Sichuan. O consagrante principal foi o ancião Bispo diocesano John Chen Shizhong. Todos os consagrantes foram bispos em comunhão com o Santo Padre, exceto Lei Shiyin de Leshan", afirma Lombardi.

O fato de, após as três recentes ordenações episcopais sem o mandato pontifício, haver um novo prelado que está em comunhão com o Papa e com todos os bispos católicos do mundo é certamente positivo e apreciado. No entanto, a participação do bispo ilegítimo, que se encontra na condição canônica de uma pessoa excomungada, "não segue na mesma direção e suscita desaprovação e desconcerto por parte dos fiéis. Além de ter participado como bispo consagrante, concelebrou a eucaristia, o que piora sua situação canônica, já que reincide em desobedecer as normas da Igreja", destaca o sacerdote.

O diretor da Sala de Imprensa salienta que, em uma situação normal, a presença do Bispo Lei Shiyin deveria ser excluída de forma taxativa e comportaria consequências canônicas para os outros bispos participantes.

"No entanto, nas circunstâncias atuais, é provável que esses não tenham podido impedi-la sem graves inconvenientes. Em todo caso, a Santa Sede avaliará melhor a questão quando receba informações mais extensa", explica.


* APCC - Organismo estatal fundado em 1957 pelo Governo comunista e ateu da República Popular da China (RPC), com o objetivo de evitar interferências estrangeiras, em especial da Santa Sé, e exigir que os católicos vivam em conformidade com as políticas do Estado, deixando assim na clandestinidade os fiéis que reconhecem a autoridade do Papa. A APCC não está em comunhão com o Papa e seus clero é ordenado de forma ilícita.


Leonardo Meira/Canção Nova Notícias, com Vatican Information Service (tradução de CN Notícias)/asianews.itCanção




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