03/10/11 – 2ª. feira XXVII semana comum
Reflexão Pessoal – Jonas 1, 1-2, 1.11 – “fugindo da missão!”
A mensagem do livro de Jonas serve de reflexão para nossa vida no que se refere à nossa filiação divina e o nosso compromisso de cristãos. Como filhos e filhas de Deus, batizados (as) em Jesus Cristo e imersos (as) no mistério da Igreja nós fazemos parte do Seu Corpo, por isso, estamos inseridos no Seu projeto de salvação. Não podemos nos eximir da responsabilidade de anunciar ao mundo o que o Senhor nos mandar pronunciar. Jonas quis fugir da missão de abrir os olhos dos ninivitas por causa das suas ações perversas. Assim fazendo ele estava se omitindo em fazer um bem e contribuir para a salvação daquele povo. O seu ato de fugir, no entanto, provocou uma situação ainda mais difícil, pois levou o pavor para os passageiros do navio que o acolheu. Assim também acontece com cada um de nós que, fugindo de Deus, se omite de assumir responsabilidades. As consequências são também desastrosas para nós e para aqueles (as) que “viajam” conosco. No entanto, Jonas compreendeu a tempo ser ele o causador da “fúria dos ventos” e teve a coragem de reconhecer a sua falta e, mesmo correndo risco de vida, mandou que o lançassem ao mar. O Senhor providenciou um abrigo para ele. Com o exemplo de Jonas nós aprendemos que nunca é tarde para reconhecermos os nossos erros e omissões. Quando confiamos em Deus a Sua misericórdia nos resguarda e, novamente, nos torna aptos (as) para cumprir os votos que assumimos como Seus filhos e filhas. Mesmo tendo errado e se desviado do caminho, ao reconhecer o seu pecado, Jonas fez com que Deus se fizesse conhecer aos marinheiros que se renderam diante do milagre quando “cessou a fúria do mar”. Portanto, nunca será tarde para nós. Enquanto nós aqui estivermos, mesmo errando, o Senhor diante do nosso arrependimento, nos garante, vida, pão e veste para que possamos levar adiante a missão de atrair para Ele todos que ainda não O conhecem.- Você também vive fugindo de Deus? – Quais têm sido as consequências da sua omissão? – Você tem medo de voltar atrás e reconhecer o seu erro? – O que você está esperando para assumir diante das pessoas o erro que você mesmo reconhece?
Salmo – Jonas 2 – “Retirastes minha vida do sepulcro, ó Senhor!”
A força da oração é uma segurança nas horas de angústias. A oração de Jonas serve de exemplo para nós. Mesmo sofrendo as consequências dos nossos atos nós podemos nos voltar para o Senhor porque somente Ele pode tirar a nossa vida do sepulcro. Faça você também essa oração e experimente a vida nova que o Senhor quer lhe conceder.
Evangelho – Lucas 10, 25-37 – “amar o próximo com misericórdia”
Os mestres da lei sempre procuravam confundir Jesus com questionamentos que punham em jogo o cumprimento da Lei de Deus. No entanto, Jesus consciente de que a Lei de Deus é o Amor, ia muito mais além do que era convencional, a fim de fazer com que transparecesse a mensagem evangélica. Jesus então lhes mostrava que amar o próximo é acolher a todos que se aproximam de nós para ajudá-los, e ao mesmo tempo, também envolver-se com aqueles estão necessitados. Na nossa caminhada terrestre, às vezes, nós somos o necessitado, em outras ocasiões, somos nós os bons samaritanos ou os donos da hospedaria. Nunca seremos autossuficientes a ponto de não precisar de ninguém que nos socorra. Em qualquer situação que nos encontremos, como necessitados ou como colaboradores, somos convocados pelo Senhor a amar o próximo como a nós mesmos. Às vezes nós ajudamos as pessoas e as socorremos por obrigação ou a contra gosto, no entanto a própria Palavra do Evangelho nos mostra que a misericórdia é a primeira regra para a vivência do amor ao próximo. Por isso, o mestre da lei respondendo à pergunta de Jesus sobre quem seria o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes, confirmou: “é aquele que usou de misericórdia para com ele”. A misericórdia, então, é o sinal para que nós possamos ser “o próximo” de alguém. Agir com misericórdia é fazê-lo por amor a Deus. É acolher a miséria do outro com o amor de Deus e não somente com o nosso amor imperfeito e interesseiro. – Como você costuma agir: como o sacerdote, como o levita, como o samaritano, como o hospedeiro? – Ou você sempre é aquele que desce de Jerusalém para Jericó, se mete em enrascadas e está sempre precisando que alguém se aproxime de você?- Você já experimentou ser aquele que está necessitado e espera o socorro de alguém?- Quando você ajuda alguma pessoa você o faz por amor a Deus e com o amor de Deus?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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