02/10/11 – XXVII Domingo do tempo comum Reflexão Pessoal
– 1ª. leitura – Isaías 5, 1-7 – “missionários da vinha do Senhor”
O profeta Isaías descreve aqui a frustração do proprietário por causa da vinha que Ele plantou com carinho e que não dava os frutos que ele esperava. Antes, a vinha do Senhor era o povo de Israel que foi escolhido para dar frutos de conversão. Hoje, nós somos a vinha do Senhor, cuidada, cercada, adubada por Ele para produzirmos uvas de boa qualidade, no entanto, como a vinha da história, nós também frustramos a expectativa de Deus. O Senhor também deve perguntar a si mesmo: “O que poderia eu ter feito a mais por minha vinha e não fiz”? Esta também é uma pergunta que nós podemos fazer a nós mesmos: “o que seria preciso Deus fazer a mais por mim para que eu possa corresponder a sua expectativa?” As nossas ações provocam reações e consequências. Muitas vezes para que produzamos mais frutos nós precisamos como a vinha, sermos devastados, desmanchados e até pisoteados. Nós nunca concebemos que para que possamos melhorar nós precisamos estar num estado pior. Só se arruma o que está desarrumado, assim sendo, nós precisamos reconhecer o nosso estado de pecado, de desobediência, de rebeldia e que necessitamos de cura, de libertação e de perdão. Isso já é o primeiro passo para que sejamos lavados pelo sangue de Cristo e tenhamos uma vida profícua. Que neste mês missionário nós possamos refletir sobre a nossa verdadeira missão na vinha do Senhor. – Você tem percebido a qualidade dos frutos que você produz no mundo? – São uvas de verdade ou uvas selvagens? – São frutos de santidade ou de impiedade?
Salmo 79 – “A vinha do Senhor é a casa de Israel”
Como o salmista nós também hoje pedimos a atenção de Deus para a nossa situação de pecado que nos tira da nossa verdadeira vocação de santidade. Só o Senhor poderá nos libertar das garras dos nossos inimigos e nos purificar para que tenhamos serventia. Foi a sua mão direita que nos plantou, portanto, peçamos a sua proteção e a Sua assistência para que nunca mais nos deixemos ser massacrados.
2ª. Leitura – Filipenses 4, 6-9 – “não nos inquietemos”
O São Paulo nos aconselha a não nos inquietarmos com coisa alguma, mas apresentar as nossas necessidades a Deus em oração e súplica. Os nossos pensamentos dão o tom para os nossos sentimentos e as nossas ações e, dependendo das nossas cogitações nós podemos desenvolver sentimentos de medo, de revolta, de indignação ou manifestações de alegria, de paz e de concórdia. Quando nos voltamos para Deus e entregamos a Ele a nossa mente, por meio da oração e do louvor ou quando ocupamos o nosso tempo no serviço a Deus e ao próximo, naturalmente nós experimentamos um clima de paz e de confiança. A melhor receita para ultrapassarmos a barreira das nossas dificuldades é nos ocuparmos com os contratempos dos nossos irmãos e irmãos, pois assim perceberemos que o nosso sofrimento é muito mais ameno. Tudo o que nós desejarmos ao nosso próximo, com certeza voltará para nós. A paz de Jesus se manifesta em nós e por nosso intermédio ela poderá atingir os quatro cantos da terra. Apressemo-nos, pois, a acatar os conselhos de São Paulo, tendo pensamentos bons e agradáveis e, então, estaremos contribuindo para que haja mais paz e harmonia no mundo. – Você sente paz no seu coração? – Com que você tem ocupado os seus pensamentos? – Você é promotor (a) da paz de Jesus? – Você se inquieta com os acontecimentos ou procura descobrir o lado bom deles?
“Evangelho – Mateus 21,33-43.45-46 - “os vinhateiros, de hoje”
Deus criou o mundo e entregou-o aos homens para que eles o edificassem, nele trabalhassem e dessem bons frutos na qualidade de vida humana e espiritual. Os homens, porém, quiseram afastar-se de Deus e não deram mais atenção aos Seus ensinamentos. O pecado rompeu o relacionamento do homem com Deus e danificou a sua obra. Porém, mesmo assim o Senhor continuou mandando os seus emissários, os profetas, para que este homem voltasse atrás na sua soberba e autossuficiência. Todavia, os homens continuaram dando as costas para Deus não aceitando a sua intervenção. Por fim, veio Jesus, o Filho de Deus que se fez homem para dar dignidade ao ser humano, mas que foi rejeitado e morto pelos homens. Os judeus não aceitaram a salvação de Jesus e o reino foi tirado do povo de Israel e entregue a nós, a fim de que possamos dar bons frutos, não só materialmente falando, mas na qualidade de vida humana e espiritual com santidade e justiça. Somos os vinhateiros de hoje, aqueles a quem o proprietário entregou a sua vinha, no entanto, não temos cumprido com a nossa missão de colaboradores de Deus na construção do mundo. Somos os responsáveis por entregar a colheita do nosso trabalho, na hora precisa, em que os emissários do Senhor se apresentarem. Entretanto, muitas vezes, nós preferimos construir o reino dos céus ao nosso modo e nos esquecemos de edificar aqui na terra segundo o projeto do coração do Pai. Por qualquer coisa nós nos desviamos da obra de Deus, atropelamos os planos divinos e confundimos o Seu mistério de amor pela humanidade. Jesus é a pedra que os construtores rejeitaram, mas tornou-se a pedra angular, isto é, a pedra central da nossa fé. Jesus Cristo é o alicerce para a obra de Deus no mundo e a rejeitamos preferindo as nossas próprias convicções. Por isso, não conseguimos sucesso na nossa missão. Todavia, precisamos ter consciência de que o que nos foi entregue hoje, amanhã poderá nos ser tirado. O Senhor quer receber de nós a colheita e, se não estamos plantando, nada teremos para entregar ao Senhor que vem. - Se lhe pedissem hoje contas a você qual seria a colheita que você teria para entregar ao proprietário? – O que você entende por pedra angular? Quem é Jesus na sua vida?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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