Mateus 22,1-14
Vigésimo Oitavo domingo do Tempo Comum
Continua neste domingo o grande confronto de Jesus com os fariseus, doutores da lei - homens do poder religioso e ideológico, sempre na intenção de provocar Jesus e encontrar uma justificativa para sua condenação e morte. Por isso, Jesus conta mais uma parábola para explicar o que é o Reino de Deus, tema central de toda a sua pregação. É a parábola do banquete nupcial ( Mateus 22, 1-14 ) - uma festa de casamento que tem conexão com a de domingo passado - os vinhateiros homicidas. A festa tem como conclusão a transferência da vinha do Senhor - O Reino de Deus - a outro povo que produzia frutos.
Quando Jesus compara o Reino de Deus como um banquete - o nosso pensamento nos transporta logo para o Antigo Testamento onde encontramos a referência deste banquete festivo: Isaías (25; 55; 65; Sl. 25, 35). Banquete é sinal da amizade, proteção divina e da bem-aventurança. Na parábola do banquete nupcial são convidadas várias pessoas para a festa, os quais, por razões diversas, se escusam de participar. Os primeiros a serem convidados são os fariseus, doutores da lei, os judeus, mas eles não aceitam o convite: se excluem com indiferença; outros, preocupados com seus negócios; outros com oposição violenta, batem e matam os servos dos reis - os profetas. Como os primeiros convidados se excluíram, o rei estende o convite universal a todos. Diz o Evangelho: bons e maus encheram a sala do banquete. São os povos pagãos, meretrizes, pecadores e pagadores de impostos, cegos e coxos. Vão aceitar a mensagem de Jesus. A última parte da parábola é sobre a veste nupcial que significa as obras de Justiça, amor, caridade que cada um deve realizar.
Mensagem: Hoje é um dia feliz para todos nós que encontramos um convite que brota das fontes da palavra de Deus. Deus chama-nos à festa de seu Reino, festa autêntica, alegria completa, oferta de felicidade. A Eucaristia, seja ela diária, seja dominical, é o grande sinal do banquete do Reino. Ela antecipa o eterno festim messiânico. Por isso, a nossa missa dominical nunca deve ser triste e penosa, mas uma participação alegre na festa de Deus e dos irmãos.
Todos nós somos convidados a participar da festa eucarística? Estamos livres para aceitar? Não deixemos que as preocupações, os bens e as riquezas deste mundo nos impeçam.
Que oportunidade maravilhosa nós temos hoje de aplicar este banquete de casamento apresentado no Evangelho à família cristã. Que as nossas famílias - igrejas domésticas - sejam sempre um lugar de alegria, de paz, de comunhão, de ternura e de crescimento humano e espiritual. Um feliz domingo a todos.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo
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