28/09/11 – 4ª. feira XXVI semana comum
Reflexão Pessoal – Neemias 2, 1-8 – “a mão de Deus está conosco”
A tristeza do profeta Neemias diante do rei Artaxerxes se devia ao fato de que a cidade onde jaziam os seus pais estava em ruínas. O profeta expôs ao rei a tristeza do seu coração e pediu autorização para viajar a fim de que ele pudesse reconstruí-la. O rei deu-lhe permissão e condições para que ele executasse o seu propósito. Neemias, então, exclamou: “E o rei concedeu-me tudo, pois a bondosa mão de Deus me protegia!” A mão de Deus também nos protege quando nos dispomos a reconstruir com Ele as ruínas da nossa casa. Assim como o profeta referia-se aos seus pais que jaziam em “túmulos”, muitas vezes também, na nossa família, dentro da nossa casa, nos nossos relacionamentos familiares, existem aqueles que estão como mortos e jazem dentro da escravidão da discórdia, do ressentimento, em fim, do pecado. Por isso, o nosso coração também se angustia e a tristeza toma conta dó nosso ser. Não podemos usufruir sozinhos (as) das bênçãos e graças de Deus. Não somos uma ilha, portanto, o Senhor também deseja reconstruir a cidade dos “nossos pais” e nos autoriza a ir com a Sua ajuda e proteção anunciar na nossa casa que o reino de Deus está próximo de cada um. Para isso, Ele nos concede as condições e nos fornece o material para o bom êxito no nosso empreendimento. O Espírito Santo é quem nos conduz e nos torna capazes de manifestar e testemunhar junto do nosso povo o amor misericordioso do Pai que se expressa em Jesus Cristo, nosso Salvador. - A cidade onde “seus pais” vivem também está em ruínas? – Tem alguém na sua família que se encontra como morto (a), enterrado (a) na discórdia, na malquerença, no pecado?- Você se angustia com essa situação? – Você tem pedido autorização de Deus e a ajuda do Espírito Santo para levar o Seu amor e a Salvação de Jesus Cristo até a sua casa?- Faça isso hoje, apresente ao Senhor a sua tristeza e peça a Ele que o (a) ajude a reconstruir a cidade em ruínas.
Salmo 136 – “Que se prenda a minha língua ao céu da boca se de ti, Jerusalém, eu me esquecer!”
A saudade de Jerusalém é a falta que nós sentimos quando estamos afastados de Deus, quando vivemos no exílio do pecado e da iniquidade. O povo de Israel estava exilado na Babilônia porque era um povo infiel e, como consequência, estava sofrendo o exílio, no cativeiro, longe da terra e do templo. Por isso, ao invés de cantar eles choravam deixando penduradas as suas harpas. Assim acontece conosco quando em consequência dos nossos desatinos, nós nos deixamos desviar e afastamo-nos da graça de Deus. A alegria foge do nosso coração e, já não temos nem ânimo nem coragem. Porém, mesmo assim, Jerusalém, a cidade santa, ainda continua perto do nosso coração. O Senhor quer nos tirar do exílio e Jesus Cristo é quem vem nos libertar.
Evangelho Lucas 9, 57-62 – “que os mortos enterrem os seus mortos”
Jesus abria os olhos dos Seus discípulos e os conscientizava de que, para segui-Lo, eles teriam que abdicar de privilégios, de comodidade e teriam que enfrentar as dificuldades próprias da missão. Àqueles outros que davam desculpas se desculpavam para não segui-Lo, Jesus os advertia com palavras duras: “deixa que os mortos enterrem os seus mortos, mas tu, vai anunciar o reino de Deus.” Com efeito, Jesus nos mostra que o Seu seguimento requer desprendimento da nossa parte em relação a todas as coisas e pessoas a quem nós humanamente falando nos ligamos e, como consequência, nos afastam da vivência da vontade de Deus. O Senhor nos chama para anunciar a vida nova para a nossa família e não para nos acomodarmos esperando a hora de “enterrar” os nossos queridos. Os mortos, isto é, aqueles que não se sentem chamados, aqueles que não são discípulos, aqueles que nem entendem nem querem seguir a Jesus, esses sim, podem enterrar os nossos mortos. Despedir-se dos familiares significa também perder tempo, correr riscos de desistir, tirar o foco do que Jesus nos propõe deixando a graça de Deus passar. O Senhor nos dá a graça necessária para que sejamos seus discípulos e discípulas, e precisamos nos apossar da graça do momento, não deixando para depois. Amanhã, será outro dia… e poderá não haver outro chamado. Segue-me, diz o Senhor! Vamos com Ele sem olhar para trás, sem saudades do que passou, sem lamentações nem murmurações. O reino de Deus é presente, agora, nesse momento e felizes seremos todos nós se compreendermos as palavras desse Evangelho. “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o reino de Deus!”- Você está apto para o reino de Deus? – Quais são as desculpas que você tem dado para não seguir a Jesus?- Você tem consciência de que para seguir Jesus você não deve ter vontade própria nem opiniões formadas? – Você prefere seguir a Jesus ou enterrar os “seus mortos”? – Que tal anunciar a eles que o reino de Deus está próximo? Fazendo isso, você estará seguindo a Jesus.
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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