terça-feira, 9 de agosto de 2011
REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE
09/08/11 – 3ª. Feira XIX semana comum
Reflexão Pessoal – Deuteronômio 31, 1-8 – “reconhecer os limites”.
Deus sabe o momento em que nós precisamos ir adiante, mas também nos sugere o tempo em que precisamos parar quando a nossa missão já foi cumprida. Moisés, agora já com 120 anos, percebeu o momento em que teria de parar e passar adiante a missão que o Senhor lhe destinara e, ao mesmo tempo, também obedecia a Deus que o havia prevenido de que ele não atravessaria o rio Jordão e outro tomaria o seu lugar. Por isso, Moisés passou para o jovem Josué o encargo e o encorajou a ir à frente daquele povo seguindo as orientações do Senhor. Nós precisamos, como Moisés, reconhecer que Deus é o autor de tudo, que Ele é o guia e o Mestre e que o Seu poder age em qualquer pessoa independentemente da idade, da circunstância e do tempo de caminhada. Muitas vezes, para nós se torna bem difícil reconhecermos os nossos limites e termos a coragem de largar a circunstância a que estamos acostumados e o encargo a que nós dedicamos os nossos melhores dias. Tudo isso nós constatamos no meio político, nos governantes, nos dirigentes de empresas ou de qualquer instituição e até mesmo dentro das comunidades e da Igreja nas pessoas que não admitem passar para outros a condução dos trabalhos, pois se acham indispensáveis. Moisés reconheceu o seu limite e com humildade soube incentivar a Josué para caminhar confiante no Senhor. Com ele nós aprendemos a estimular aqueles (as) que estão começando em qualquer esfera da vida, os jovens, os iniciantes, fazendo-lhes ver que todo o poder vem do alto e que nós somos meros instrumentos nas mãos de Deus. - Existe algo na sua vida que você não confia entregar a ninguém, mas que você percebe que precisa fazê-lo? – Como você costuma motivar as pessoas que estão começando: no trabalho, em casa, na comunidade, na vida? Você costuma ter paciência com os que estão iniciando?
Salmo – Deuteronômio 32 – “A porção do Senhor é o seu povo.”
O Senhor é o nosso guia em todas as expedições da nossa vida e quando nós olhamos para trás e tomamos conhecimento da história dos nossos antepassados nós também comprovamos isto. Portanto, é nosso dever deixar para as outras gerações um testemunho de confiança no Senhor, o qual marcha adiante do Seu povo que é a nossa família. Somos todos nós herança preciosa do Senhor e Ele nunca nos abandona na nossa caminhada.
Evangelho – Mt 18,1-5.10.12-14 –“o reino dos céus é dos pequeninos”
Para Deus somos como filhos pequenos e amados, dependentes do Seu amor. Por isso, Ele coloca os anjos em nosso auxilio. Aquele que se compreende pequeno, pecador, ovelha fugida e necessitada, este é que é grande no reino de Deus. Não podemos nos apegar à ideia de que ser criança é ser tola, (o) é ser infantil. Existe uma diferença entre ser infantil e ser como as crianças. Ser infantil é ser imaturo e incapaz de assumir a plena responsabilidade pelas próprias ações. Ser como a criança, no entanto, é assumir responsabilidade e ao mesmo tempo ser capaz de entregar-se, de abandonar-se e ser dependente de alguém, ser autêntica, ser transparente, viver as emoções. “Os atos infantis afastam, enquanto que as ações próprias das crianças atraem”. Santa Terezinha nos dá uma explicação muito simples e fácil de entender as palavras de Jesus: “Ser criança é reconhecer seu nada, esperar tudo de Deus, como uma criancinha espera tudo do pai; é não se perturbar com nada, não juntar fortuna…” “Ser pequeno é também não atribuir a si mesma as virtudes que pratica, julgando-se capaz de alguma coisa, mas reconhecer que Deus coloca esse tesouro na mão de seu filhinho para que se sirva quando precisar; mas ele pertence sempre a Deus”. “O elevador que deve me alçar até ao céu são vossos braços, ó Jesus! Para isso, não preciso crescer; pelo contrário, devo continuar pequena, devo sê-lo cada vez mais”. - Como você se sente aos olhos de Deus: grande ou pequeno (a)? – Você já experimentou ser como uma criança? – Você acha que ser sábio nas coisas de Deus vai lhe ajudar na sua salvação? – Você se sente dependente de Deus, abandonado (a) em Suas mãos? - Você é auto suficiente? – Em quem você confia?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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