07/08/11 – XIX Domingo do tempo comum
– 1ª. leitura 1 Reis 19, 9.11-13 – “ O Senhor chega como a brisa”.
O Senhor não estava no vento, no terremoto nem tampouco no fogo. Ele chegou com a brisa. Quando nós paramos para esperar o Senhor passar, precisamos primeiramente deixar que passem o vento impetuoso dos pensamentos, o terremoto dos nossos problemas, o fogo das nossas preocupações com os afazeres do dia a dia. O vento, muitas vezes se expressa na figura das emoções que nos iludem e nos tiram o sono e a harmonia interior. O terremoto também são as sensações que experimentamos nos momentos de sofrimento que vivemos e dos problemas que enfrentamos. Outras vezes nós vivenciamos momentos de inquietação e ansiedade como se tivéssemos dentro de nós um fogo ardente. Nessas horas nós confundimos as nossas experiências sensoriais humanas com a presença de Deus e, muitas vezes, consideramos que a chegada do Senhor vem nos inquietar. No entanto, Deus se aproxima de nós como a brisa do consolo, da proteção, da libertação e do livramento. A manifestação do Espírito Santo de Deus é suave e sutil como a aragem. Precisamos deixar aquietar a nossa humanidade para podermos perceber a presença do Senhor que vem mansamente. Elias esperou com paciência até sentir o manifestação da brisa leve que veio como um murmúrio. Assim também deve acontecer na nossa oração. Quando paramos para encontrar o Senhor devemos primeiramente deixar serenar o nosso coração e a nossa mente e assim acolher a presença amorosa do Espírito que chega suavemente. - Pare um pouco os seus pensamentos e deixe-se tocar pela brisa do Espírito Santo. – Você já teve alguma experiência parecida com a de Elias? – Aonde você tem encontrado o Senhor?
Salmo 84 – “Mostrai-nos ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!”
A oração deste salmo nos leva a cultivar uma esperança em relação às promessas de Deus. A paciência é a ciência da paz, portanto, pacientemente nós devemos sempre esperar que a verdade e o amor se encontrem; que a justiça e a paz se abracem; que o Senhor nos dará tudo o que é bom e que a nossa salvação é tão certa como a glória que experimentaremos um dia.
2ª. Leitura – Romanos 9, 1-5 – “para que creiam” .
São Paulo desabafa a sua tristeza por causa dos judeus que ainda não tinham acolhido a salvação em Cristo Jesus, apesar de terem eles todas as prerrogativas de filhos de Deus escolhidos. Assim também acontece quando nós experimentamos o poder libertador de Jesus Cristo e temos a experiência com o Amor do Pai, a manifestação do Espírito Santo em nós. Ao mesmo tempo em que vivenciamos tudo isto, nós desejamos que o mundo todo também tenha conhecimento dessa realidade. Porém, na maioria das vezes a nossa vivência não é garantia para que os outros também sejam contagiados com o nosso ardor. Por isso, nós também nos entristecemos, principalmente quando no meio da nossa família e dos nossos amigos nós não conseguimos repercutir a nossa fé. Como São Paulo nós também desejamos dar um jeito e fazer alguma coisa. No entanto, a melhor providencia que nós podemos tomar será, justamente, interceder junto a Jesus, para que no tempo hábil o Pai se manifeste vivamente no coração destas pessoas. Todavia o nosso desejar a conversão dos nossos irmãos já é um primeiro passo para que todas as coisas aconteçam. Medite você agora também: - O que você sente em relação à pessoas suas queridas que ainda não acolheram seguir a Jesus? O que você tem feito por elas? O que você acha que está faltando fazer? – Você tem orado por elas?
Evangelho - Evangelho – Mateus 14,22-33 – “quando o vento é contrário”
Jesus subiu ao monte para orar e os Seus discípulos seguiram na barca para o mar. A noite chegou e a barca, longe da terra, era agitada pelas ondas, por causa do vento contrário. Há momentos em que nós também, precisamos enfrentar o vento contrário que sopra no mar da nossa vida, aparentemente sozinhos. Enfrentar o “vento contrário” é encarar os desafios da nossa travessia aqui na terra quando as coisas não ocorrem da maneira que nós esperamos e dentro da normalidade a que estamos acostumados. Tudo nos assusta e mesmo quando Jesus que está atento às nossas dificuldades, se aproxima, nós o confundimos com um fantasma e não O reconhecemos. A Sua chegada, muitas vezes é inesperada, pois somente Ele sabe o momento certo de intervir na nossa vida. Ele conhece todos os nossos passos e sabe da nossa capacidade como também da nossa fragilidade e nunca nos deixará perecer. A espera por Jesus é o grande desafio que temos de enfrentar, pois exige paciência, perseverança, serenidade e confiança. Precisamos estar alertas porque Jesus vem andando sobre as águas, isto é, de uma maneira diferente da que nós desejamos e não estivermos atentos (as), na certa também nós nos assombraremos. Ele nos convida a confiar na Sua intercessão junto do Pai e nos prepara para também podermos ir ao Seu encontro superando as dificuldades, dando passos de fé. Através das dificuldades e dos sofrimentos da nossa vida podemos nos aproximar de tal forma de Jesus que Ele nos revela seu amor por nós e nos encoraja para prosseguirmos confiantes. Jesus chamou Pedro para dar um passo de fé e enfrentar as ondas do mar e enquanto olhava para Jesus ele se manteve de pé, no entanto tirou os olhos do Mestre, teve medo e quase afundou. Não podemos perder o foco! Jesus é a nossa bússola, Ele é o nosso guardião e com amor diz para cada um de nós que O esperamos: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo”! – Você também já enfrentou o mar sozinho (a)? – Você confiou que Jesus viria ajuda-lo (a)? – Como Ele se manifestou? – As dificuldades o fazem aproximar-se mais de Jesus e sentir a sua presença? – No momento atual há algum vento soprando contrário na sua vida? – Espere por Jesus, tenha coragem!
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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