03/08/11 – 4ª. Feira XVIII semana comum
- Números 13, 1-2.25—14,1.26-30.34-35 – “Perseverança e não covardia”
Deus tem um plano perfeito para que nós nos apossemos da “terra prometida”, no entanto, a nossa humanidade fraca se acovarda diante das primeiras dificuldades e ficamos rodopiando na mesmice porque não enfrentamos com fé em Deus os desafios da nossa caminhada. Muitas vezes morremos “na beira da praia” e não alcançamos os nossos propósitos porque nos apavoramos diante dos obstáculos, por isso, nos sentimos fracassados. Foi também isto que aconteceu com o povo de Deus quando teve notícia de que lá na terra para onde ele caminhava e onde corria leite e mel, os habitantes eram fortíssimos, como gigantes e eles teriam que combatê-los para se apossarem da promessa do Senhor. Os israelitas só viram as dificuldades e, motivados por alguns que haviam explorado a terra, desanimaram e começaram a murmurar. As nossas palavras têm poder! O Senhor pode tomá-las a sério e realizar aquilo que por inconsequência nós estamos afirmando. Por isso, as lamúrias do povo irritaram o Senhor, e Ele os deixou morrer na sua incompreensão, pisando no mesmo lugar durante quarenta anos e nem todos viveram para pisar na terra da promessa, embora já estivessem bem pertinho. Fazendo uma analogia com a nossa caminhada nós percebemos a semelhança que existe entre nós e o povo de Israel. Almejamos alcançar a terra da felicidade e o Senhor nos instrui e nos orienta, porém Ele não nos promete vida fácil e sem luta. Ele nos garante a vitória depois da batalha e receber o troféu como prêmio da nossa perseverança, mas nós entendemos que com Deus nós teremos as coisas como passe de mágica e nos acovardamos quando antevemos que teremos que enfrentar os gigantes ao longo do caminho. Precisamos confiar em Deus que nos garante a chegada na terra definitiva. Não há felicidade sem busca nem vitória sem luta. Se Deus é por nós quem será contra nós? Quanto mais difícil for o caminho, maior será a conquista. Perseverança e não covardia é o que o Senhor nos propõe. Chegaremos lá, pois Deus combate por nós! – Você costuma morrer na “beira da praia” por medo de enfrentar os gigantes? – Você é daqueles (as) que quer desistir porque é muito difícil? – Você gosta das coisas “práticas” ou adere às sugestões do Espírito, embora sejam mais trabalhosas? – Você acha que alcançará a terra prometida?
Salmo 105 – “Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!
A caminhada do povo de Deus pelo deserto é para nós um referencial para que nós aprendamos as lições que nos ajudarão a caminhar no deserto da nossa vida terrena. Por isso, precisamos confiar nos projetos do Senhor não somente nas horas dos livramentos, mas também nos momentos de dificuldades. Deus faz também hoje coisas assombrosas no meio de nós, abre o mar para nós e nos guia de noite e de dia. O Seu amor nos conduz, a Sua graça nos preenche e disso nunca podemos nos esquecer.
Evangelho – Mateus 15, 21-28 – “ exemplo da mulher Cananéia ”
A mulher Cananéia não se rendeu diante dos argumentos de Jesus de que Ele fora enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel, mas com fé e convicção, mesmo não se reconhecendo merecedora pediu a Jesus as migalhas que sobrassem da “mesa dos judeus”, por isso, foi atendida. O Senhor faz em nós na medida do que nós queremos de coração. A força do nosso “querer” é sinal de Fé e é uma motivação para que Jesus realize em nossa vida os milagres que almejamos. Realmente Jesus foi enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel e nós também não pertencíamos àquela casa, porém Jesus nos acolhe como acolheu aquela mulher. Somos pecadores e, assim sendo, nós mesmos não temos merecimentos, não podemos cobrar nem exigir direitos porém “grande é a nossa fé” e isto basta para que Jesus venha também alimentar a nós e a todos que são humildes para reconhecê-lo e perseverantes quando não cessamos de gritar também: “Senhor, socorre-me!" Jesus, muitas vezes, não nos responde palavra alguma, contudo, nem por isso, nós podemos dizer que Ele nos abandonou, pois assim falando estamos dando provas de que não temos fé. A fé é o argumento que mantêm a nossa esperança na hora do desespero! - A sua fé também é grande como a da cananeia? – O que tem atraído você para Deus? - Você se acha um “caso liquidado” ou tem esperança de plantar e colher frutos de conversão? - Você se acha merecedor (a) da Salvação que Jesus veio trazer ao mundo?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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