02/08/11 – 3ª.feira – XVIII semana comum
Reflexão Pessoal – Números 12,1-13 – “as consequências da inveja
Deus é sábio nas Suas propostas e nos Seus planos e sabe muito bem distinguir a competência de cada um de nós, pois é Ele mesmo quem nos capacita de acordo com a Missão que nos propõe. Maria e Aarão eram irmãos de Moisés por laços de sangue, no entanto, se ensoberbeceram e começaram a duvidar da sua unção e do seu privilégio diante do Senhor. Acontece também hoje com aqueles (as) que Deus escolhe para dirigir um povo, assim como também com os que Ele escolhe para serem governados. A inveja é um dos sete pecados capitais e é a raiz de muitos dos males que atingem o homem e a mulher. Quantas vezes nós vemos acontecer no meio de nós dissensões e incompreensões da parte de alguém que já se “acha” preparado (a) para tomar o posto de quem está à frente! É o discípulo querendo ser mais que o mestre. No meio das famílias, na Igreja, nas comunidades, no Governo, em todas as esferas nós assistimos e às vezes até participamos desta realidade. O relato do Livro dos Números, porém, nos revela que “Moisés era um homem muito humilde”, por isso, o próprio Deus o justificou pela sua fidelidade e declarou a sua primazia diante de todos os outros profetas. A humildade é uma expressão da verdade e todos os que são escolhidos por Deus para estarem à frente de alguma obra devem reconhecer e assumir a sua capacidade, assim como também a sua limitação com a consciência de que tudo o que têm pertence ao Senhor. E os que são comandados devem também conscientizar-se de que estão obedecendo a Deus e não a homens. A lepra que atingiu Maria, irmã de Moisés, foi em consequência da sua rebeldia e soberba e quando também nós, na nossa caminhada nos rebelamos e desprezamos a vontade de Deus as consequências nos são funestas. Por causa da inveja há muita desarmonia e separação nas famílias, no entanto, a palavra é uma Luz que nos mostra as evidências das nossas intransigências e nunca é tarde para que nós também peçamos a Deus a cura para a nossa insensatez. – Você tem consciência de que o Senhor tem um lugar adequado para você atuar na vida? – Você inveja a posição de alguém e acha que poderia desempenhar melhor? – Em que a mensagem desta leitura poderá ajudá-lo (a)?
Salmo – 50 – “misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!”
Este salmo, denominado de “miserere” é um pedido de perdão a Deus pelo nosso ser pecador. Quando oramos com ele nós estamos reconhecendo que não somos pecadores porque cometemos pecados, mas que cometemos pecado porque somos pecadores. “Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente”, diz o salmista. Nós também precisamos ter consciência de que o pecado é como um germe crônico que foi inoculado dentro de nós e, por isso, nós nunca deixaremos de ser pecadores, no entanto o Senhor pode criar em nós um coração puro e dá-nos um espírito decidido a não mais cair na armadilha do pecado. O Espírito Santo é quem nos ajuda nesta obra.
Evangelho – Mateus 15, 1-2.10-14 – “Escutai e compreendei”
Jesus nos ensina a cultivar na nossa vida o hábito de viver em harmonia com o Evangelho e nos concede um entendimento espiritual para as nossas ações. “A tradição dos antigos” muitas vezes nos tira das práticas evangélicas porque nos leva a confundir o processo do ser com o fazer. O que fazemos é uma consequência do que somos. As nossas ações, os nossas métodos e obras são resultado do que nós arquitetamos, deliberadamente ou por impulsão. Portanto, o que é impuro está alojado dentro do nosso ser a partir dos nossos pensamentos, julgamentos, imaginação, etc.. “Não é o que entra pela boca que torna o homem impuro, mas o que sai da boca”…… O ato de lavar as mãos, de estar arrumado, asseado, é apenas um costume que independe da substância do nosso coração. Podemos estar sujos (as) por fora, no entanto, ter a nossa alma limpa e em paz. Às vezes nos preocupamos com as aparências e com as etiquetas sociais e esquecemos de que o mais importante é a intenção e a motivação do nosso coração . Não bastam apenas as “práticas exteriores”, que seguem as regras sociais. Os sentimentos que cultivamos dentro de nós dão o tom para o que somos e o que fazemos. - Você costuma julgar o comportamento das outras pessoas, ou você procura saber o motivo que levam as pessoas a certos comportamentos?- Você se sente olhado (a), observado (a)? – Quais os sentimentos que você cultiva dentro do seu coração? – Eles têm motivado as suas ações?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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