Os bispos foram recebidos pelo presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, e pelo secretário geral, dom Leonardo Ulrich Steiner.
Dom Damasceno destacou a originalidade do Brasil como pioneiro nessa prática. “O Brasil criou o curso em 1989 para que os novos bispos pudessem entender sua nova função dentro da Igreja. Depois, tanto o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) quanto o Vaticano seguiram o exemplo do Brasil e desenvolveram o curso”. Segundo o cardeal, após a criação do curso pelo Vaticano, onde bispos do mundo inteiro participam, o CELAM então deixou de ministrar, priorizando o da Santa Sé.
Dom Leonardo lembrou aos participantes do encontro que a CNBB é a casa dos bispos. Em sua breve fala, o secretário geral deu ênfase às novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
Segundo o presidente da Comissão e arcebispo de Palmas (TO), dom Pedro Brito, o curso pretende proporcionar, no início do ministério episcopal, contatos com a CNBB, para conhecer sua história e missão, sua sede e os serviços que a Conferência oferece.
“O objetivo é ainda refletir sobre a teologia do ministério episcopal, a fim de que os bispos novos possam melhor se situar no episcopado que começam a integrar, e assumir a missão de pastores do rebanho. Podem, assim, ampliar o horizonte de compreensão do seu ministério com os vários contatos que fazem com a CNBB e a Nunciatura Apostólica”, destacou dom Pedro Brito.
Vários temas serão estudados pelos novos bispos, como “Teologia do Episcopado”, “Liturgia”, “Análise de Conjuntura” e “Perspectivas das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”.
Para o bispo auxiliar da arquidiocese de São Luis do Maranhão (MA), dom José Carlos Chacorowski, a expectativa é a maior e a melhor possível em relação ao curso. “Atuei durante um ano e meio no interior do Amazonas, em um projeto missionário de minha congregação. Desde a minha nomeação é tudo muito novo para mim. Com esse curso vou aprender a ser bispo”, destacou dom José Carlos.
O bispo auxiliar da arquidiocese de Belém (PA), dom Teodoro Mendes Tavares, afirmou que o curso é uma boa iniciativa da CNBB para fortalecer a comunhão entre os novos bispos e as características da Igreja no Brasil. “O curso é uma boa oportunidade para os bispos se conhecerem e trocarem experiências. É também um aprendizado, para que conheçamos melhor o episcopado nacional, as peculiaridades e as dinâmicas de trabalho”, afirmou o bispo, que é o primeiro africano (nascido em Cabo Verde) atuando no Brasil.
Do encontro participam dom Rosalvo Cordeiro Leite, bispo auxiliar de Fortaleza e dom Odelir José Magri, bispo da Diocese de Sobral.
CNBB
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