JMJ não defraudou o movimento juvenil jesuíta
MADRI, (ZENIT.org) – Os peregrinos agrupados ao redor da sigla MAGIS, convocados pelos jesuítas para participar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Madri, voltaram aos seus lugares de origem cansados, mas muito felizes. Apresentamos aqui alguns testemunhos.
A maior parte dos 3 mil peregrinos MAGIS alojados no colégio jesuíta Nuestra Senhora del Recuerdo – informa a Companhia de Jesus na Espanha – já voltou para os seus países. Muitos deles voltaram de ônibus e os vindos de mais longe o fizeram de avião.
Para a maioria, ainda restam muitas horas antes de chegar a casa. Foi uma experiência muito intensa que começou em 5 de agosto, em Loyola, e que finalizou há poucos dias com a Missa de envio do Papa Bento XVI em Cuatro Vientos.
Desde que, na segunda-feira passada, os 3 mil peregrinos se reencontraram no centro educativo, participaram de várias das atividades culturais e pastorais que a JMJ oferecia.
Muitos deles destacaram as catequeses dos bispos, a visita à exposição das Missões do Paraguai, a oração de Taizé e outras visitas, como a feita ao Museu do Prado.
Na sexta-feira, tiveram um grande encontro: o filme MAGIS que um grupo de profissionais foi gravando desde o início desta experiência inaciana. Depois da projeção, os jovens foram à via sacra do Paseo de Recoletos, que surpreendeu gratamente os participantes de outras culturas mais distantes, que desconheciam esta tradição religioso-cultural da Espanha.
Os dois últimos dias estiveram marcados pela assistência ao aeródromo de Cuatro Vientos, acompanhados pelo calor, pelo vento e pela chuva. Todos os peregrinos MAGIS saíram do colégio no sábado de manhã para viver a experiência. Para todos os jovens, as horas finais foram muito intensas.
Mariel Rodríguez, sevilhana, explica que inclusive viu na chuva um sinal para “permanecer firmes na fé” e gostou do fato de que, quando chegaram a Cuatro Vientos, os vizinhos, devido ao grande calor, jogavam água neles pelas janelas. “No pó, no calor, Deus estava no meio de tudo e de tantas pessoas.”
Além disso, essa sevilhana comentou que o mais importante que ela leva de MAGIS é “muitíssima confiança e proximidade de Deus”. Ela esteve em uma experiência social em Portugal com idosos, portadores de deficiência mental e disse que “ver Deus neles foi maravilhoso”.
Para o coordenador dos 52 peregrinos indianos, o jesuítaErwin Lazrado, enquanto se despedia do ônibus no qual alguns iam embora, contou que “foi uma experiência para o coração e para o aprofundamento na fé dos peregrinos do seu grupo”.
Da JMJ, afirma que a principal vivência que levarão para a Índia é o “sentir-se unidos em uma só Igreja. Nesses dias, nós nos sentimos como uma única Igreja Católica, com o Santo Padre”. O Pe. Erwim comentou também quão importante foi esta experiência global para os peregrinos com quem vinha: “São jovens de áreas rurais, escolhidos para participar; é a primeira vez que viajam de avião, que veem pessoas de outras culturas...”.
O coordenador da Romênia, o jesuíta Florin Silaghi, chegou à MAGIS 2011 com 38 pessoas que já lhe pediram para organizar uma experiência similar por ocasião do “Encontro Nacional Católico” que será realizado no seu país no ano que vem.
Da JMJ, ele destaca que “pudemos escolher os atos culturais, espirituais, os eventos que preferíamos ver”, bem como “desfrutar muito da cidade”.
Suas experiências MAGIS foram em Málaga (animação de ruas), Valência (diálogo inter-religioso), Manresa (diálogo espiritual, fé e cultura) e também uma peregrinação.
Assim culmina a experiência inaciana proposta em concomitância com a JMJ 2011, com milhares de reflexões, vivências, lembranças, escritos, novos interrogantes e algumas respostas. Mas todos com a experiência comum de que foi uma nova, profunda e especial oportunidade para viver “com Cristo no coração do mundo”.
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