O papa fez um apelo urgente às autoridades e ao povo sírio. “Que se restabeleça, o quanto antes, a convivência pacífica e que se responda adequadamente às aspirações legítimas dos cidadãos em relação ao respeito de sua dignidade, em benefício da estabilidade da região”.
A Líbia também foi lembrada por Bento XVI, como um exemplo de onde “a força das armas não resolveu a situação”. “Exorto os Organismos internacionais e a todos os que têm responsabilidade política e militar a estabelecerem um plano de paz para a Síria, através da negociação e do diálogo construtivo”, pediu, com veemência, o papa.
Bento XVI falou ainda sobre o evangelho proclamado na liturgia deste domingo, que narra a travessia dos apóstolos pelo mar da Galileia, enfrentando a força do vento, quando Jesus lhes aparece e acalma o mar.
“O mar simboliza a vida presente e a instabilidade do mundo visível, a tempestade indica todos os tipos de tribulações, de dificuldades, que oprimem o ser humano. A barca, porém, representa a Igreja edificada em Cristo e guiada pelos Apóstolos. Jesus quer educar os discípulos a suportarem com coragem as dificuldades da vida, confiando em Deus, naquele que se revelou ao profeta Elias, no monte Horeb ‘no sussurro de uma brisa suave’”, explicou Bento XVI.
“Pedro caminha sobre as águas não pela própria força, mas pela graça divina, na qual crê, e quando é tomado pela dúvida, quando já não fixa seu olhar em Jesus, mas tem medo do vento, quando não confia totalmente na palavra do Mestre, quer dizer que ele está se afastando Dele, e é então que risca afogar-se no mar da vida”, acrescentou o papa.
CNBB
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