terça-feira, 5 de julho de 2011

SANTA SÉ FECHE BALANÇO ECONÔMICO EM POSITIVO

Apesar da incerteza, quase 10 milhões de euros de superávit

Cidade do Vaticano (ZENIT.org) – Apesar da incerteza econômica internacional, o Vaticano fechou seu balanço econômico de 2010 em positivo, segundo informou no último sábado um comunicado do Conselho de Cardeais para o Estudo dos Problemas Organizativos e Econômicos da Santa Sé.
Balanço da Santa Sé
Na verdade, o comunicado apresenta os resultados de dois balanços econômicos. Por um lado, o da Santa Sé, que abarca, entre outras coisas, a Cúria Romana e as representações pontifícias espalhadas pelo mundo.
Este balanço econômico, apresentado pelo cardeal Velasio De Paolis, presidente da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé, registra um superávit de 9.848.124 euros, com entradas no valor de 245.195.561 euros e saídas de 235.347.437 euros.
O comunicado do Conselho de Cardeais explica que este balanço “parece reforçar, ainda com todos os elementos de incerteza e instabilidade que a situação econômica e financeira mundial continua apresentando, a tendência positiva que já se registrou no exercício de 2009 e que, por sua vez, absorvia os efeitos negativos derivados da forte crise financeira de 2008”.
As saídas devem ser atribuídas, em sua maior parte, aos gastos ordinários e extraordinários dos dicastérios e organismos da Santa Sé, que, com sua atividade específica, participam da atenção pastoral do Sumo Pontífice à Igreja universal.
“Até 31 de dezembro de 2010, o número global da equipe da Santa Sé era de 2.806 unidades, contra as 2.762 de 2009”, informa o comunicado.
Balanço da Cidade do Vaticano
Na reunião, apresentou-se, além disso, o balanço econômico final de 2010, correspondente ao Governo do Estado da Cidade do Vaticano, que se centra nas atividades desta cidade única, com sua farmácia, supermercado, polícia e museus.
O cardeal De Paolis explicou que este balanço registrou entradas no valor de 255.890.112 euros e gastos de 234.847.011, fechando com um superávit de 21.043.000.
“Este resultado se deve ao ótimo andamento dos Museus Vaticanos – afirma o comunicado. Em particular, graças ao aumento do número de visitantes, contra a tendência à crise do setor turístico mundial, e graças também à recuperação dos mercados financeiros.”
Até 31 de dezembro de 2010, o número de funcionários dependentes do Governo da Cidade do Vaticano era de 1.876 unidades, contra as 1891 de 2009.
Como de costume, ambos os balanços foram submetidos à verificação e certificação.
Óbolo de São Pedro
O comunicado, que recolhe os resultados de uma reunião de cardeais realizada em 30 de junho, ilustra também os dados relativos ao Óbolo de São Pedro, constituído pelo conjunto de ofertas que chegam ao Santo Padre por parte das Igrejas particulares, dos institutos de vida consagrada e sociedades de vida apostólica, das fundações e de fiéis particulares, sobretudo por ocasião da solenidade dos santos Pedro e Paulo.
Em 2010, o Óbolo foi de mais de 67.704.416 dólares, em descenso com relação ao ano anterior, quando se recolheram 82.529.417 dólares.
Os cardeais membros do Conselho expressaram gratidão e apreço a todos aqueles que, com sua contribuição, quiseram sustentar a solicitude pastoral e caritativa do Santo Padre, sobretudo diante de situações de calamidade e de emergência em várias partes do mundo.
A contribuição econômica das dioceses com a Santa Sé, segundo estabelece o cânon 1271 do Código de Direito Canônico, contribuiu com 27.362.258 dólares, número que no ano anterior tinha sido superior, 31.516.029.
O comunicado informa, por último, sobre as ofertas realizadas por outras instituições, como o Instituto para as Obras de Religião (comumente conhecido como o Banco do Vaticano), que entregou 50.000.000 euros para as atividades de religião do Santo Padre.
Participaram desta reunião os seguintes cardeais: Antonio María Rouco Varela, arcebispo de Madri (Espanha), Norberto Rivera Carrera, arcebispo da Cidade do México (México), Wilfrid Fox Napier, o.f.m., arcebispo de Durban (África do Sul), Juan Luis Cipriani Thorne, arcebispo de Lima (Peru), Anthony Olubunmi Okogie, arcebispo de Lagos (Nigéria), Agostino Vallini, vigário-geral de Sua Santidade para a Igreja de Roma, Nicholas Cheong Jinsuk, arcebispo de Seul (Coreia), Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo (Brasil).
Convidados pelo cardeal secretário de Estado, foram ouvidos em temas de sua competência o diretor geral da Rádio Vaticano, Pe. Federico Lombardi SJ, e o diretor administrativo dela,

Alberto Gasbarri.

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