Mateus 16, 13-19
Festa de São Pedro e São Paulo, Apóstolos
A Liturgia da Igreja celebra hoje, entre júbilo e gratidão a Deus, a festa dos apóstolos: Pedro e Paulo. Essa festa é antiqüíssima; foi inserida no Santoral romano muito antes da festa do Natal. No século IV, já se celebravam três missas: uma em São Pedro, no Vaticano, outra em São Paulo, fora dos muros, e a terceira, nas catacumbas de São Sebastião, onde provavelmente foram escondidos, por um certo tempo, os corpos dos dois apóstolos.
Pedro e Paulo: dois nomes que, ao longo dos séculos, personificaram a Igreja inteira na sua ininterrupta tradição. A festa litúrgica de hoje convida-nos a reviver a fé destes dois apóstolos, colunas da Igreja, que fizeram de Cristo a paixão de sua vida. Pedro confessou-o com a palavra e o sangue: “Filho de Deus Vivo” (cf. Mt. 16, 1-6). Paulo, tendo-se convertido e se tornado apóstolo dos gentios, foi conquistado por Ele a ponto de exclamar “para mim, o viver é Cristo” (cf. Fil. 1,21). A memória deles estimula-nos ao empenho de uma fidelidade sempre maior e de uma unidade cada vez mais profunda.
Humanamente falando, também eles, como todos os mortais, eram criaturas débeis. A debilidade em Pedro se manifestou várias vezes e, de modo especial no momento da prova, quando renegou o seu próprio Mestre (cf. Jo. 18, 15-27). A debilidade de Paulo ressalta no ódio, que resulta quase na crueldade com a qual perseguia os seguidores de Cristo. O Senhor, contudo, agiu neles como se não tivesse em conta esta fragilidade humana, como se passasse por cima delas, procedendo segundo o próprio e misterioso plano de salvação. A Pedro revelou que ele era a “pedra” sobre a qual haveria de edificar a sua Igreja (cf. Mt. 16, 18). A respeito de Paulo, disse que era “instrumento de eleição” para anunciar o Evangelho no meio de todos os povos (cf. At. 9,15). Ambos eram conscientes de cumprir a missão que lhes foi confiada, mediante o poder do próprio Senhor. Com Pedro e Paulo que tiveram vidas cristocêntricas, ou seja, Cristo era tudo para eles, possamos viver com todo ardor missionário o projeto Ser Igreja no Novo Milênio através do testemunho, do amor e do martírio desses dois apóstolos.
Celebramos também hoje, com toda a Igreja, o dia do Papa. Muito ligado a Pedro, recebendo o seu primado, temos o serviço fraterno do Papa, cuja função teológica essencial é ser o sacramento da unidade, isto é, um visível sinal e instrumento da unidade da Igreja, mostrando-a, promovendo-a. Nós, que somos a Igreja Católica, não nos esfacelamos em seitas pelo mundo afora e em divergências essenciais, porque Jesus exerce a graça da unidade, através da graça deste serviço para a catolicidade da Igreja que o Papa exerce no meio de seus irmãos. A Igreja é “Católica”, porque se apresenta como una e a mesma presente, com todos os meios salvíficos de Jesus, em todo o mundo. Celebramos, pois, com gratidão, o dom de sermos Igreja pelo serviço de que nos preside em Cristo, o Papa Bento XVI. Hoje e sempre lhe damos o abraço de paz e as orações pelo seu ministério Petrino em conduzir com todo ardor a unidade da Igreja e a reconciliação entre os povos. Agradeçamos a Deus por ter dado à Igreja, neste tempo, este Papa querido, amável, venerável, sábio, santo, missionário, paternal, que ama a todos, mas em particular ama os pobres e os desvalidos deste mundo, em cujo fervor se empenha incansavelmente. As leituras para nossa reflexão neste Domingo: Atos 12,1-11; 2ª Timóteo 4,6-8.17-18; Mateus 16,13-19.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo
A Liturgia da Igreja celebra hoje, entre júbilo e gratidão a Deus, a festa dos apóstolos: Pedro e Paulo. Essa festa é antiqüíssima; foi inserida no Santoral romano muito antes da festa do Natal. No século IV, já se celebravam três missas: uma em São Pedro, no Vaticano, outra em São Paulo, fora dos muros, e a terceira, nas catacumbas de São Sebastião, onde provavelmente foram escondidos, por um certo tempo, os corpos dos dois apóstolos.
Pedro e Paulo: dois nomes que, ao longo dos séculos, personificaram a Igreja inteira na sua ininterrupta tradição. A festa litúrgica de hoje convida-nos a reviver a fé destes dois apóstolos, colunas da Igreja, que fizeram de Cristo a paixão de sua vida. Pedro confessou-o com a palavra e o sangue: “Filho de Deus Vivo” (cf. Mt. 16, 1-6). Paulo, tendo-se convertido e se tornado apóstolo dos gentios, foi conquistado por Ele a ponto de exclamar “para mim, o viver é Cristo” (cf. Fil. 1,21). A memória deles estimula-nos ao empenho de uma fidelidade sempre maior e de uma unidade cada vez mais profunda.
Humanamente falando, também eles, como todos os mortais, eram criaturas débeis. A debilidade em Pedro se manifestou várias vezes e, de modo especial no momento da prova, quando renegou o seu próprio Mestre (cf. Jo. 18, 15-27). A debilidade de Paulo ressalta no ódio, que resulta quase na crueldade com a qual perseguia os seguidores de Cristo. O Senhor, contudo, agiu neles como se não tivesse em conta esta fragilidade humana, como se passasse por cima delas, procedendo segundo o próprio e misterioso plano de salvação. A Pedro revelou que ele era a “pedra” sobre a qual haveria de edificar a sua Igreja (cf. Mt. 16, 18). A respeito de Paulo, disse que era “instrumento de eleição” para anunciar o Evangelho no meio de todos os povos (cf. At. 9,15). Ambos eram conscientes de cumprir a missão que lhes foi confiada, mediante o poder do próprio Senhor. Com Pedro e Paulo que tiveram vidas cristocêntricas, ou seja, Cristo era tudo para eles, possamos viver com todo ardor missionário o projeto Ser Igreja no Novo Milênio através do testemunho, do amor e do martírio desses dois apóstolos.
Celebramos também hoje, com toda a Igreja, o dia do Papa. Muito ligado a Pedro, recebendo o seu primado, temos o serviço fraterno do Papa, cuja função teológica essencial é ser o sacramento da unidade, isto é, um visível sinal e instrumento da unidade da Igreja, mostrando-a, promovendo-a. Nós, que somos a Igreja Católica, não nos esfacelamos em seitas pelo mundo afora e em divergências essenciais, porque Jesus exerce a graça da unidade, através da graça deste serviço para a catolicidade da Igreja que o Papa exerce no meio de seus irmãos. A Igreja é “Católica”, porque se apresenta como una e a mesma presente, com todos os meios salvíficos de Jesus, em todo o mundo. Celebramos, pois, com gratidão, o dom de sermos Igreja pelo serviço de que nos preside em Cristo, o Papa Bento XVI. Hoje e sempre lhe damos o abraço de paz e as orações pelo seu ministério Petrino em conduzir com todo ardor a unidade da Igreja e a reconciliação entre os povos. Agradeçamos a Deus por ter dado à Igreja, neste tempo, este Papa querido, amável, venerável, sábio, santo, missionário, paternal, que ama a todos, mas em particular ama os pobres e os desvalidos deste mundo, em cujo fervor se empenha incansavelmente. As leituras para nossa reflexão neste Domingo: Atos 12,1-11; 2ª Timóteo 4,6-8.17-18; Mateus 16,13-19.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo
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