''Devemos abandonar o caminho da arrogância, da violência usada para obter posições de maior poder, para garantir o sucesso a qualquer custo''
“Devemos abandonar o caminho da arrogância, da violência usado para obter posições de maior poder, para garantir o sucesso a qualquer custo”. Foi o convite do Papa Bento XVI na mensagem que antecedeu o Angelus deste domingo, 3, na Praça São Pedro. Retomando as palavras do Evangelho deste domingo (cf Mt 11, 25-30 - no Brasil se comemora a Festa de São Pedro e São Paulo), o Santo Padre explicou que o “jugo” de Cristo é a lei do amor.“Quando Jesus percorria as estradas da Galiléia, proclamando o Reino de Deus e curando muitos doentes, - disse o Papa - sentia compaixão pelas multidões porque estavam cansadas e oprimidas, como ovelhas sem pastor”. Aquele olhar de Jesus parece estender-se até hoje, até o nosso mundo.O olhar de Cristo“Ainda hoje [o olhar de Jesus] pousa sobre tantas pessoas oprimidas por condições de vida difíceis, mas também privadas de válidos pontos de referência para encontrar um significado e uma meta para sua existência. Multidões estão oprimidas nos países mais pobres, provadas pela indigência; e até mesmo nos países mais ricos são tantos os homens e mulheres insatisfeitos, até mesmo pessoas com depressão. Pensamos então nos numerosos deslocados e refugiados, naqueles que imigram arriscando suas vidas”.O olhar de Cristo – continuou o Santo Padre - pousa sobre todas essas pessoas, ou melhor, sobre cada um desses filhos do Pai que está no céu, e repete: “Vinde a mim, vós todos ...”.Jesus promete dar a todos "descanso", mas estabelece uma condição: “Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração". O que é este "jugo", pergunta-se o Papa, que em vez de pesar torna-se mais leve, e ao invés de esmagar levanta? O "jugo" de Cristo é a lei do amor, é o seu mandamento, que deixou aos seus discípulos”.O remédio para a humanidade"O verdadeiro remédio para as feridas da humanidade, sejam aquelas materiais, como a fome e as injustiças, sejam aquelas psicológicas e morais causadas por um falso bem-estar, é uma regra de vida baseada no amor fraterno, e que tem a sua fonte no amor de Deus. Por isso devemos abandonar o caminho da arrogância, da violência usada para obter posições de maior poder, para garantir o sucesso a qualquer custo".Também em relação ao meio ambiente - disse ainda Bento XVI - devemos renunciar ao estilo agressivo que dominou nos últimos séculos e adotar uma razoável “mansidão”. Mas acima de tudo nas relações humanas, interpessoais, sociais, a regra do respeito e da não-violência, ou seja, a força da verdade contra qualquer injustiça é aquela que pode garantir um futuro digno do homem.O Papa recordou por fim que ontem, nós comemoramos uma particular memória litúrgica a de Maria Santíssima louvando a Deus por seu Coração Imaculado. Nossa Senhora nos ajude a “aprender” de Jesus a verdadeira humildade, a tomar com decisão o seu jugo suave, para experimentar a paz interior e sermos capazes de consolar outros nossos irmãos e irmãs que trilham com fadiga o caminho da vida.Em seguida concedeu a todos a sua Benção Apostólica.Não esquecer de rezar durante as fériasAntes de se despedir dos fiéis reunidos na Praça São Pedro o Papa saudou os grupos presentes em várias línguas. Durante as férias não se esqueçam da oração, inclusive colocando “o Evangelho na sua bagagem”, recomendou o Papa.Com palavras diferentes, unidas, porém pela mesma intenção, Bento XVI fez um convite aos fiéis: “neste momento do ano no qual muitos de vocês farão férias, - disse em inglês - rezo para que vocês possam verdadeiramente repousar o espírito e o corpo e possam encontrar em Deus uma ocasião de repouso”. Em francês, o Papa disse ainda: “Dêem espaço à leitura da Palavra de Deus, em particular do Evangelho que espero vocês não deixarão de colocar na sua bagagem para as férias”.O Santo Padre irá iniciar um período de repouso, portanto, nos próximo dias deverá se transferir para a cidade de Castel Gandolfo, na região do Lácio, província de Roma. “Dali, se Deus quiser, guiarei o Angelus do próximo domingo”, afirmou Bento XVI.
“Devemos abandonar o caminho da arrogância, da violência usado para obter posições de maior poder, para garantir o sucesso a qualquer custo”. Foi o convite do Papa Bento XVI na mensagem que antecedeu o Angelus deste domingo, 3, na Praça São Pedro. Retomando as palavras do Evangelho deste domingo (cf Mt 11, 25-30 - no Brasil se comemora a Festa de São Pedro e São Paulo), o Santo Padre explicou que o “jugo” de Cristo é a lei do amor.“Quando Jesus percorria as estradas da Galiléia, proclamando o Reino de Deus e curando muitos doentes, - disse o Papa - sentia compaixão pelas multidões porque estavam cansadas e oprimidas, como ovelhas sem pastor”. Aquele olhar de Jesus parece estender-se até hoje, até o nosso mundo.O olhar de Cristo“Ainda hoje [o olhar de Jesus] pousa sobre tantas pessoas oprimidas por condições de vida difíceis, mas também privadas de válidos pontos de referência para encontrar um significado e uma meta para sua existência. Multidões estão oprimidas nos países mais pobres, provadas pela indigência; e até mesmo nos países mais ricos são tantos os homens e mulheres insatisfeitos, até mesmo pessoas com depressão. Pensamos então nos numerosos deslocados e refugiados, naqueles que imigram arriscando suas vidas”.O olhar de Cristo – continuou o Santo Padre - pousa sobre todas essas pessoas, ou melhor, sobre cada um desses filhos do Pai que está no céu, e repete: “Vinde a mim, vós todos ...”.Jesus promete dar a todos "descanso", mas estabelece uma condição: “Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração". O que é este "jugo", pergunta-se o Papa, que em vez de pesar torna-se mais leve, e ao invés de esmagar levanta? O "jugo" de Cristo é a lei do amor, é o seu mandamento, que deixou aos seus discípulos”.O remédio para a humanidade"O verdadeiro remédio para as feridas da humanidade, sejam aquelas materiais, como a fome e as injustiças, sejam aquelas psicológicas e morais causadas por um falso bem-estar, é uma regra de vida baseada no amor fraterno, e que tem a sua fonte no amor de Deus. Por isso devemos abandonar o caminho da arrogância, da violência usada para obter posições de maior poder, para garantir o sucesso a qualquer custo".Também em relação ao meio ambiente - disse ainda Bento XVI - devemos renunciar ao estilo agressivo que dominou nos últimos séculos e adotar uma razoável “mansidão”. Mas acima de tudo nas relações humanas, interpessoais, sociais, a regra do respeito e da não-violência, ou seja, a força da verdade contra qualquer injustiça é aquela que pode garantir um futuro digno do homem.O Papa recordou por fim que ontem, nós comemoramos uma particular memória litúrgica a de Maria Santíssima louvando a Deus por seu Coração Imaculado. Nossa Senhora nos ajude a “aprender” de Jesus a verdadeira humildade, a tomar com decisão o seu jugo suave, para experimentar a paz interior e sermos capazes de consolar outros nossos irmãos e irmãs que trilham com fadiga o caminho da vida.Em seguida concedeu a todos a sua Benção Apostólica.Não esquecer de rezar durante as fériasAntes de se despedir dos fiéis reunidos na Praça São Pedro o Papa saudou os grupos presentes em várias línguas. Durante as férias não se esqueçam da oração, inclusive colocando “o Evangelho na sua bagagem”, recomendou o Papa.Com palavras diferentes, unidas, porém pela mesma intenção, Bento XVI fez um convite aos fiéis: “neste momento do ano no qual muitos de vocês farão férias, - disse em inglês - rezo para que vocês possam verdadeiramente repousar o espírito e o corpo e possam encontrar em Deus uma ocasião de repouso”. Em francês, o Papa disse ainda: “Dêem espaço à leitura da Palavra de Deus, em particular do Evangelho que espero vocês não deixarão de colocar na sua bagagem para as férias”.O Santo Padre irá iniciar um período de repouso, portanto, nos próximo dias deverá se transferir para a cidade de Castel Gandolfo, na região do Lácio, província de Roma. “Dali, se Deus quiser, guiarei o Angelus do próximo domingo”, afirmou Bento XVI.
Canção Nova Notícias, com Rádio Vaticano/Reuters
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