quinta-feira, 16 de junho de 2011

SANTA SÉ PEDE AÇÕES CONCRETAS EM DEFESA DAS MULHERES

violc3aancia-contra-mulheresA violência contra a mulher continua a ser um grave problema em muitos países do mundo, e, para mudar esta situação, um dos melhores instrumentos é a educação. A reflexão foi apresentada pelo observador permanente da Santa Sé, dom Silvano Tomasi, na 17ª Sessão do Conselho para os Direitos Humanos da ONU, que em andamento em Genebra, na sessão dedicada à mulher.

Entre as várias agressões, citou-se o estupro como arma de guerra, o tráfico de meninas, os abusos contra empregadas domésticas, os sequestros e conversões forçadas, casamentos e abortos obrigados.

Dom Tomasi recordou palavras do papa Bento XVI: “mesmo que a violência seja mais frequente onde há pobreza e instabilidade social, devemos reconhecer que alguns sistemas legais e tradições ainda a toleram: Em alguns lugares e culturas, elas são discriminadas ou subestimadas só por serem mulheres”.

“Diante de fenômenos graves e persistentes, os cristãos têm um compromisso cada vez mais urgente em promover uma cultura que reconheça a dignidade que pertence às mulheres, na lei e na realidade concreta”, disse o representante da Santa Sé.

Para prevenir esse tipo de violência, dom Tomasi sugeriu a instauração de melhorias no nível de vida e o acesso à educação. Neste sentido, recordou o ensinamento da Igreja sobre a “igualdade de dignidade na unidade de homem e mulher, na arraigada e profunda diversidade entre o masculino e o feminino, em sua vocação à reciprocidade e à complementariedade, à colaboração e à comunhão”.

“Minha delegação considera que é possível melhorar a situação das mulheres e lutar contra o flagelo da violência, construir uma igualdade criativa e um respeito mútuo que previnam todo recurso à violência”, concluiu o observador.

Segundo pesquisa realizada pela instituição internacional de apoio às mulheres, Thomson Reuters Foundation, o Afeganistão é o lugar mais perigoso para uma mulher no mundo. De acordo com dados da pesquisa, divulgada ontem, 15, além do Afeganistão, os outros quatro países que mais desrespeitam as mulheres são: Congo (mais de 400 mil são violentadas no país a cada ano), Paquistão (onde, por questões culturais e religiosas, são recorrentes as “punições” às mulheres por “crimes de honra”), pela Índia (com números alarmantes de tráfico de mulheres) e pela Somália (com uma série de ameaça, como alta mortalidade durante a gravidez, estupros e mutilação feminina).

CNBB

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