terça-feira, 29 de março de 2011

REFLEXÕES DAS LEITURAS DE HOJE

29/03/11 – 3ª. Feira III semana da Quaresma Reflexão Pessoal – Daniel 3, 25.34-43 – “a fornalha ardente” De “alma contrita e espírito de humildade”, Azarias (Daniel) e seus companheiros, que por ordem do Rei Nabucodonosor haviam sido jogados na “fornalha ardente”, por se recusarem a adorar a estátua dos seus deuses louvavam e bendiziam ao Senhor. Deste modo, no meio do fogo Daniel assume o pecado do seu povo e se dirige ao Senhor com grande arrependimento: “estamos reduzidos ao menor de todos os povos… por causa de nossos pecados” e a Ele pede clemência pelos desmandos do seu povo que passava por humilhação no exílio. Não era propriamente o pecado de Daniel, mas o pecado de uma comunidade. Precisamos, também nós, de “alma contrita e em espírito de humildade, de todo o coração” ter confiança na misericórdia do Senhor, para assumirmos que somos coniventes com a maldade que impera no mundo! Nós nunca queremos assumir também o pecado coletivo que causa consequências na sociedade. Entendemos que fazemos tudo certo e achamo-nos “bonzinhos (as)”, por isso nunca temos culpa de nada. No entanto, as sequelas das nossas pequenas faltas também contribuem para que sejamos provados, enquanto caminhamos aqui na terra. A fornalha ardente significa para nós a hora da provação, do sofrimento, da grande dificuldade, do beco sem saída, quando não temos a quem recorrer. O fogo são as angústias, as aflições, as incertezas, o abandono, as decepções que nós experimentamos na nossa vida. Nestas horas quantos de nós ao invés de nos apegarmos a Deus, praguejamos e nos rebelamos, só piorando a nossa situação! Como eles, nós também às vezes nos sentimos solitários (as), desamparados (as), sem “chefes, sem profetas, sem guias”, mas o Senhor continua atento às nossas preces e ao louvor que brota de dentro de nosso coração. Louvar no meio da dificuldade é a maior experiência que a nossa alma humana pode vivenciar. Não há quem tenha feito essa prova alguma vez na vida, que possa esquecer o momento da graça do Senhor que nos faz louvá-Lo e Nele confiar. Nessas horas tudo o que nos acontecer será o melhor, pois estará centrado na vontade de Deus para nós. - Até que ponto você se acha responsável pelas coisas ruins que acontecem no mundo? E na sua família, na comunidade? – Como é a sua reação nos momentos de fogo: humildade ou revolta? – Você já experimentou louvar a Deus “no meio do fogo”, da dificuldade, do sofrimento? Salmo 24 – “Recordai, Senhor a vossa compaixão!” Nos momentos de dificuldades e de penúria devemos pedir ao Senhor que nos mostre o Seu caminho. A estrada de Deus é a mais segura para nós e a verdade da nossa vida está na Sua Palavra que nos orienta e nos conduz. Somente quem tem experiência com a Palavra de Deus pode provar da Sua compaixão porque nela encontra conforto, sabedoria e ânimo para prosseguir caminhando protegido (a). Evangelho – Mateus 18, 21-35 – “perdoar sempre” Ao responder a pergunta de Pedro, Jesus revela para nós o princípio da oração do Pai Nosso. Deus nos perdoa sempre, não só uma vez nem dez, mas sempre, porém espera que nós também perdoemos aos nossos devedores, sempre. Somos devedores uns dos outros aqui nesta terra. Portanto, a hora é essa! Nós estamos vivendo dentro do prazo que o Senhor nos dá para que possamos pagar a “dívida” que assumimos diante do mundo em consequência das nossas más ações ou da má aplicação dos bens que Dele recebemos. Muitas vezes, nós também já suplicamos que o Senhor nos concedesse um prazo, uma chance e não percebemos de que ela já nos está sendo outorgada enquanto aqui vivemos, porque a hora é essa. E como vamos pagar esta dívida? Rezando muito ou indo muito à missa, ou apenas confessando aos pés do padre a nossa culpa? Jesus contou esta parábola para nos conscientizar de que prestamos contas com Ele quando nós também damos oportunidade aos nossos devedores para que eles paguem os seus débitos para conosco. Quando temos paciência com o próximo, quando também aceitamos as suas reivindicações ou compreendemos as suas razões, quando finalmente, nós também sabemos perdoar até setenta vezes sete, isto é, sempre. – Você usa de misericórdia com o próximo da mesma forma que alcança a misericórdia de Deus? – Como você age com as pessoas que lhe devem alguma coisa? – Você dá alguma chance a elas ou prefere revanche? – Você perdoa? Helena Colares Serpa, Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

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