Mateus 3,1-12
Segundo domingo do Advento
No Evangelho de hoje (Mt. 3, 1-12), aparece a segunda figura do Advento: João Batista, que vem se unir à do profeta Isaías de quem João recebe a inspiração por ser a voz de Deus que grita no deserto.
A personalidade de João Batista, que S. Mateus descreve em breves traços, nos mostra uma figura impressionante, como a de todo profeta autêntico. Seu poder de fascinação e encantamento sobre o povo não consiste num estilo doce, lisonjeiro ou adulador, mas sim no seu porte austero, penitente, radical, de servidor insuperável da verdade, sincero e até com dureza e falta de diplomacia.
Sua linguagem, seu aparato, sua alimentação e seu hábitat demonstram um homem carismático e superior, que, como primeiro, vive a mensagem de conversão que proclama.
A mensagem de João Batista é uma mensagem de conversão. Ele herda, em sua pregação, a mensagem de conversão dos profetas do Antigo Testamento. Uma só frase condensa todo o seu magistério profético: Convertam-se, porque o Reino dos céus está próximo. O conteúdo central de sua pregação é claro e taxativo: a conversão.Nós sabemos que a terminologia bíblica da conversão é variada.
No hebreu – arameu, original do Evangelho de São Mateus, já se expressa pela palavra SHUB que significa retornar, voltar sobre seus passos, desandar o caminho. No grego se chama METANÓIA – mudança interior, mudança de mentalidade, de critérios. No latim, da Vulgata, se traduziu por penitência. A penitência é, portanto, a conversão que passa do coração às obras e, conseqüentemente, à vida interior de Cristo.
Para nós, hoje, atualizando a mensagem do Evangelho deste 2º domingo do Advento, a conversão deve ser contínua em nossa vida. É um processo que se dá no dia-a-dia. Não pensemos que a conversão é só para os grandes pecadores ou para os pagãos que não conhecem a Cristo. A conversão é para todos nós batizados. A conversão bíblica e cristã é trabalho contínuo de toda existência, tarefa silenciosa de cada dia. Nunca estaremos suficientemente convertidos porque o amor não tem fim de meta. A meta está sempre além. Muitos chegam até a perguntar: mas converte-se de quê? Do pecado profundo que faz ninho em nosso coração e tem múltiplas manifestações: egoísmo, soberba, agressividade, violência, mentira etc.
Neste domingo da conversão, preparemo-nos cristãmente para o Natal, sem nos deixar alucinar com a alegria superficial do consumismo. Devemo-nos conduzir pela luz de Jesus que irá, mais uma vez, brilhar neste Natal. Na nossa caminhada espiritual para o Natal de Jesus, esteja sempre em alta a busca do amor fraterno, da solidariedade e da sensibilidade em levar harmonia que vem de Deus para todos indistintamente.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo
Segundo domingo do Advento
No Evangelho de hoje (Mt. 3, 1-12), aparece a segunda figura do Advento: João Batista, que vem se unir à do profeta Isaías de quem João recebe a inspiração por ser a voz de Deus que grita no deserto.
A personalidade de João Batista, que S. Mateus descreve em breves traços, nos mostra uma figura impressionante, como a de todo profeta autêntico. Seu poder de fascinação e encantamento sobre o povo não consiste num estilo doce, lisonjeiro ou adulador, mas sim no seu porte austero, penitente, radical, de servidor insuperável da verdade, sincero e até com dureza e falta de diplomacia.
Sua linguagem, seu aparato, sua alimentação e seu hábitat demonstram um homem carismático e superior, que, como primeiro, vive a mensagem de conversão que proclama.
A mensagem de João Batista é uma mensagem de conversão. Ele herda, em sua pregação, a mensagem de conversão dos profetas do Antigo Testamento. Uma só frase condensa todo o seu magistério profético: Convertam-se, porque o Reino dos céus está próximo. O conteúdo central de sua pregação é claro e taxativo: a conversão.Nós sabemos que a terminologia bíblica da conversão é variada.
No hebreu – arameu, original do Evangelho de São Mateus, já se expressa pela palavra SHUB que significa retornar, voltar sobre seus passos, desandar o caminho. No grego se chama METANÓIA – mudança interior, mudança de mentalidade, de critérios. No latim, da Vulgata, se traduziu por penitência. A penitência é, portanto, a conversão que passa do coração às obras e, conseqüentemente, à vida interior de Cristo.
Para nós, hoje, atualizando a mensagem do Evangelho deste 2º domingo do Advento, a conversão deve ser contínua em nossa vida. É um processo que se dá no dia-a-dia. Não pensemos que a conversão é só para os grandes pecadores ou para os pagãos que não conhecem a Cristo. A conversão é para todos nós batizados. A conversão bíblica e cristã é trabalho contínuo de toda existência, tarefa silenciosa de cada dia. Nunca estaremos suficientemente convertidos porque o amor não tem fim de meta. A meta está sempre além. Muitos chegam até a perguntar: mas converte-se de quê? Do pecado profundo que faz ninho em nosso coração e tem múltiplas manifestações: egoísmo, soberba, agressividade, violência, mentira etc.
Neste domingo da conversão, preparemo-nos cristãmente para o Natal, sem nos deixar alucinar com a alegria superficial do consumismo. Devemo-nos conduzir pela luz de Jesus que irá, mais uma vez, brilhar neste Natal. Na nossa caminhada espiritual para o Natal de Jesus, esteja sempre em alta a busca do amor fraterno, da solidariedade e da sensibilidade em levar harmonia que vem de Deus para todos indistintamente.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário