Igreja na China sofre com perseguição e ingerência do governo em assuntos internos, como escolha de bispos
A ordenação episcopal ilícita que aconteceu na China, em Chengde (Província de Hebei), no último sábado, 20, foi criticada duramente pelo Vaticano.Através de um comunicado oficial, a Santa Sé explicou que, diversas vezes durante este ano, comunicou com clareza às autoridades chinesas a sua posição sobre a ordenação episcopal do padre Giuseppe Guo Jincai."Apesar disso, tais Autoridades decidiram proceder unilateralmente, em detrimento da atmosfera de respeito, fadigosamente criada com a Santa Sé e com a Igreja Católica. [...] Tal pretensão de se colocar acima dos Bispos e guiar a vida da comunidade eclesial não corresponde à doutrina católica, ofende o Santo Padre, a Igreja na China e a Igreja universal, e torna mais intrincadas as dificuldades pastorais existentes", precisa o texto.Acesse.: Comunicado da Santa Sé sobre Ordenação Episcopal em Chengde A nota indica que o Santo Padre recebeu a notícia "com profundo pesar". Além disso, critica o fato de bispos ligados à Santa Sé terem sido submetidos a pressões e restrições da liberdade, como forma de forçá-los a participar da ordenação ilícita de padre Jincai, que está exposto a severas sanções canônicas."Tal ordenação não apenas não colabora com o bem dos Católicos em Chengde, mas também os coloca em uma condição bastante delicada e difícil, também sob o cenário canônico, e humilha-os, porque as Autoridades civis chinesas desejam impor a eles um Pastor que não está em plena comunhão nem com o Santo Padre, nem com os outros Bispos espalhados pelo mundo".O texto recorda a Carta de Bento XVI à Igreja na China, em que o Pontífice expressou a disponibilidade da Santa Sé para um diálogo respeitoso e construtivo com as Autoridades da República Popular Chinesa."Ao reafirmar tal disponibilidade, a Santa Sé constata com pesar que as autoridades chinesas permitiram que, sob a liderança da Associação Patriótica Católica Chinesa, sob a influência do Sr. Liu Bainian, se adotassem atitudes que prejudicam gravemente a Igreja Católica e colocam obstáculos a tal diálogo".Por fim, o comunicado afirma que os católicos do mundo todo seguem com proximidade espiritual e atenção o conturbado caminho da Igreja na China.Leia mais.: Vaticano critica ordenação de bispo sem autorização do Papa
Leonardo Meira/Canção Nova Notícias/Montagem sobre fotos / Arquivo
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