quinta-feira, 25 de novembro de 2010

DOM FISICHELLA: LIVRO DE SEEWALD ILUMINA O TEMPO ATUAL

Reflexão do presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização

Cidade do Vaticano (ZENIT.org) – O novo livro-entrevista “Luz do mundo” permitirá “sondar os detalhes da vida pessoal do Papa”, assim como “as grandes questões que marcam a teologia do momento, os diferentes debates políticos” e também “as questões que ocupam o debate público”.
Foi o que disse o presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, durante a apresentação do livro, nessa terça-feira, na Santa Sé.
Dom Fisichella respondeu às diversas perguntas que os jornalistas fizeram sobre o parágrafo em que o Papa admite o uso do preservativo em casos “fundados de caráter isolado”, como de “um prostituto” que “utiliza um preservativo, podendo ser este um primeiro ato de moralização”, como diz textualmente o livro.
Ele esclareceu em primeiro lugar que não se pode reduzir o livro a uma só frase extraída de Bento XVI. Isso “seria uma ofensa à inteligência do Papa e uma instrumentalização gratuita de suas palavras”.
Dom Fisichella assegurou que o Papa se refere ao tema da humanização da sexualidade. Uma resposta que era necessária “inserir na Igreja”.
“O tema da sexualidade no ensinamento da Igreja está orientado ao amor conjugal” – disse o ex-presidente da Pontifícia Academia para a Vida, que recordou que sobre isso “o Catecismo é muito claro”.
Qualidades da obra
Por outro lado, Dom Fisichella destacou também a familiaridade, confidência, ironia, em alguns momentos o sarcasmo” que o autor do livro apresenta, mas especialmente ressaltou a “simplicidade e verdade” de Bento XVI para responder às perguntas.
“A impressão que se leva é de um Papa otimista sobre a vida da Igreja, apesar das dificuldades que o acompanham sempre”, afirma o prelado.
Ele assinalou que o Papa aproveita neste livro para abrir “o coração de sua vida cotidiana” e poder também “expressar com a devida confiança os problemas que estão na esteira da história destes anos”.
FIsichella esclareceu que não se trata de um volume escrito por Bento XVI. No entanto, “aqui se condensa seu pensamento, suas preocupações, sofrimentos destes anos, seu programa pastoral e as expectativas para o futuro”.
“Parece que nos convida a entrar em seu apartamento, partilhando com o leitor os ritmos de seu trabalho”. Por outro lado, “evoca imagens que bem descrevem o estado de ânimo dos meses passados”.
“Um volume que se deve ler e meditar para entender uma vez mais de que maneira a Igreja pode estar no mundo para anunciar uma bela notícia que traz alegria e serenidade.”
O prelado conclui dizendo que são páginas que “deixam transparecer com clareza o pensamento do Papa”. “Alguns deveriam revisar as descrições que exploraram no passado e que o apresentaram como um homem obscurantista e inimigo da modernidade”.
(Carmen Elena Villa)

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