domingo, 21 de novembro de 2010

DO "TRONO DA CRUZ", CRISTO ACOLHE TODO SER HUMANO, DIZ PAPA


Bento XVI abençoa os cerca de 60 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, para a oração mariana do Angelus
Antes de recitar a tradicional oração mariana do Angelus neste domingo, 21, Bento XVI propôs o quadro apresentado pelo evangelista Lucas como sinal da realeza de Jesus no momento da crucificação."De fato, enquanto o Senhor parece confundir-se entre dois malfeitores, um desses, consciente dos próprios pecados, abre-se à verdade, chega à fé e reza 'ao rei dos Judeus': 'Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino' (Lc 23,42). [...] E o assim chamado 'bom ladrão' recebe imediatamente o perdão e alegria de entrar no Reino dos Céus. 'Em verdade te digo: ainda hoje estarás comigo no paraíso' (Lc 23,43). Com essas palavras, Jesus, do trono da cruz, acolhe a todo o homem com infinita misericórdia".Acesse.: Oração do Angelus na voz de Bento XVIO encontro com os cerca de 60 mil peregrinos aconteceu a partir da janela de seu escritório particular no Palácio Apostólico Vaticano, momentos após a conclusão da Liturgia de Cristo Rei do Universo, concelebrada, na Basílica Vaticana, com os 24 novos cardeais criados no Consistório Ordinário Público deste sábado, 20.O Papa recordou que a celebração foi instituída por Pio XI em 1925 e que, após o Concílio Vaticano II, foi colocada na conclusão do ano litúrgico.O Pontífice salientou que o caminho do amor que o Senhor revela e convida a percorrer pode ser contemplado também na arte cristã, especialmente através da imagem bastante difundida do Senhor que retorna como Rei, a imagem da esperança, e aquela do Juízo final como imagem da responsabilidade pela nossa vida: esperança no amor infinito de Deus e empenho de ordenar a nossa vida segundo o amor de Deus."Quando contemplamos as representações de Jesus inspiradas no Novo Testamento – observou Bento XVI, citando os antigos edifícios cristãos nos quais duas paredes opostas eram dedicadas respectivamente a Cristo Rei e ao Juízo Universal - somos levados a compreender a sublimidade da humilhação do Verbo de Deus e a recordar a sua vida na carne, a sua paixão e morte salvífica, e a redenção que dali derivou para o mundo. Sim, disso precisamos, precisamente para nos tornarmos capazes de reconhecer o coração transpassado do Crucificado , o mistério de Deus".O Santo Padre lembrou a jornada de oração pelos mosteiros de clausura, renovando o convite a "apoiar concretamente estas comunidades", bem como o dia de oração pelos cristãos do Iraque e a favor da liberdade religiosa, promovido pelos bispos italianos. "Estou próximo das populações iraquianas pelo elevado testemunho de fé que prestam a Deus", expressou.O Papa também assinalou a jornada das vítimas da estrada e deixou um apelo em favor da "prevenção, que está a dar bons resultados, recordando sempre que a prudência e o respeito pelas normas são a primeira forma de tutela de si e dos outros".


Leonardo Meira/Canção Nova Notícias, com Rádio Vaticano

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