No fim da tarde desta sexta feira, 1º, Bento XVI assistiu a um concerto musical oferecido pela empresa italiana de energia ENI. O encontro aconteceu na Sala Paulo VI, no Vaticano.A Orquestra e Coral da Academia Nacional de Santa Cecília executaram a Sinfonia n. 94 em sol maior de Franz Joseph Haydn, Cecília virgem romana, de Arvo Part, e uma fantasia coral de Beethoven.No final do concerto, o Papa proferiu palavras de agradecimento e congratulou-se com o programa do concerto. O texto do martírio de Santa Cecília e o estilo particular que o interpreta em chave musical parecem representar, salientou o Pontífice, o lugar e a tarefa da fé no universo: no meio das forças vitais da natureza, que se encontram à volta do homem e também dentro dele, a fé é uma força diferente que responde a uma palavra profunda, saída do silencio, como diria Santo Inácio de Antioquia.A palavra da fé precisa de um grande silencio interior para escutar e obedecer a uma voz que se encontra para além do visível e tangível. Essa voz fala também através dos fenômenos da natureza, porque é a potência que criou e governa o universo. Mas, para a reconhecer, é necessário um coração humilde e obediente, como nos ensina também Santa Teresa do Menino Jesus.A fé segue essa voz profunda lá onde a própria arte, sozinha, não pode chegar: segue-a na via do testemunho, da oferta de si mesmo por amor, como fez Cecília, acrescentou Bento XVI. Logo, a obra de arte mais linda, a obra prima do ser humano é cada ato de amor autêntico, do mais pequeno, no martírio quotidiano, até ao sacrifício extremo. Aqui a própria vida transforma-se em canto: uma antecipação daquela sinfonia que cantaremos juntos no Paraíso, concluiu o Papa.
Canção Nova Noticias, com Rádio Vaticano
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