De Santiago de Compostela a Madri
Cidade do Vaticano (ZENIT.org) - "Se cada Jornada Mundial da Juventude é um presente para toda a Igreja, também é, em primeiro lugar, para a igreja local que a recebe", afirmou nesta manhã o cardeal Antonio María Rouco Varela, arcebispo de Madri.
O purpurado participou de uma coletiva de imprensa na Santa Sé por ocasião da apresentação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que se realizará na capital espanhola de 16 a 21 de agosto de 2011.
"Participarão jovens do mundo inteiro, mas sem dúvida milhares serão espanhóis - disse o purpurado. Nós seremos os primeiros beneficiários de tantas graças."
Na Espanha
A Espanha é o primeiro país que acolherá a JMJ pela segunda vez. Em 1989, este evento foi realizado em Santiago de Compostela, quando o cardeal Rouco Varela era seu arcebispo titular.
"Era a juventude dos anos 80 - recordou. Estavam muito perto da geração de 1968. Alguns porque a haviam vivido, outros porque haviam sido educados por professores que a viveram."
O arcebispo de Madri indicou que, para os jovens de 21 anos atrás, "a revolução era uma palavra que tinha muito êxito" e que nas novas gerações ele vê uma atitude de mais esperança: "Buscam um sentido para a ida, pedem para ser tratados com proximidade pessoal".
O prelado comentou que esta experiência permitirá aos jovens "uma história de continuidade católica e uma experiência de missão, de grandes raízes e uma atualidade não perdida".
As JMJ permitem ver também as riquezas do país organizador. Por isso, a próxima edição terá muitas manifestações do teatro sacro (autos sacramentais), de música (prestarão uma homenagem a Tomás Luis de Vitória, cujo quarto centenário de falecimento será celebrado no ano que vem).
Nos dias prévios a este evento, serão feitas pequenas jornadas nas diferentes dioceses espanholas. No dia 16 de agosto se realizará a Missa de inauguração na Plaza de Cibeles de Madri. De 17 a 19 de agosto, haverá catequeses em diferentes paróquias da capital espanhola.
No dia 18, os jovens darão as boas-vindas ao Papa. No dia 19, será a Via Sacra; e no dia 20, a vigília no aeródromo Cuatro Vientos. O evento terminará no dia 21 de agosto, com a Missa de encerramento e o anúncio da sede da JMJ de 2014.
Ao longo da história
A história das JMJ, que se realizam a cada 3 anos desde 1985, "é uma história fascinante, do nascimento de uma nova geração de jovens", acrescentou o cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Leigos. "Jovens do 'sim' a Cristo, da adesão convicta à Igreja e ao Papa", disse.
O purpurado assegurou que este evento é "uma fotografia da juventude, muito diferente das difundidas pela mídia", porque mostra uma atitude por parte dos jovens "sedenta de valores autênticos e da busca de um sentido mais profundo da vida".
Para Dom César Franco Martínez, bispo auxiliar de Madri e coordenador geral da JMJ, o entusiasmo e a fé de tantos jovens reunidos é um fato que "provoca em nós, pastores, o desejo de ser íntegros, coerentes para poder levar-lhes a mensagem de Cristo de forma mais clara".
Durante estes 25 anos de história, a JMJ se converteu em "um potente instrumento de evangelização do jeito dos jovens, de diálogo com as novas gerações", disse o cardeal Rylko.
"Temos certeza de que, também dessa vez, os jovens responderão ao convite do Papa e Madri se converterá em lugar de uma nova epifania, de uma Igreja jovem, radicada e fundada em Cristo, sólida na fé", concluiu o presidente do Conselho Pontifício para os Leigos.
(Carmen Elena Villa)
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