Denuncia Pe. Fortunato Di Noto, fundador da associação Onlus
Ávola (ZENIT.org) - O ataque hacker ao site do Vaticano, ocorrido no último sábado, foi parte de uma campanha de marketing, segundo denunciou o Pe. Fortunato Di Noto, fundador da Associação Onlus de combate à pedofilia e proteção às crianças.
"Trata-se de uma publicidade do mais extremo mau gosto, que explora a situação das vítimas de pedofilia e de abuso por sacerdotes", disse Di Noto.
"No sábado passado - explica - alguém posicionou um site de domínio ‘pedofilo.com' no topo dos resultados apresentados pelo Google ao submeter a palavra ‘vatican' à ferramenta de busca."
Os responsáveis pela operação - que num primeiro momento se desculparam com o Vaticano - anunciam em tom triunfal em sua homepage: Somos líderes em posicionamento (publicidade atrelada a resultados de busca em ferramentas de pesquisa na web). Sabemos verdadeiramente como posicionar um endereço online. Tivemos êxito em posicionar www.pedofilo.com no topo de uma lista de 65,8 milhões de resultados, inclusive o site www.vatican.va no Google, ao se buscar a palavra ‘vatican' (...). Somos contrários aos abusos sexuais por parte de sacerdotes e assim erguemos nossa voz, como tantas outras pessoas no mundo, para exigir que a Igreja ponha um fim a tais atos imperdoáveis".
E prosseguem: "Fomos capazes de fazer isso por meio do SEO (otimização para motores de busca) sem hackear nenhum servidor (...). Se deseja ser a primeira opção para seus clientes na internet, contate-nos imediatamente (...) todos os jornais do mundo demonstram que somos os melhores".
Para o Pe. Di Noto, é lamentável que "dramas tão graves sejam explorados para fazer marketing", como se já não bastassem os milhões de organizações pedocriminosas que ameaçam as crianças. "É obra de vagabundos virtuais", disse.
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