Em entrevista à Revista Vida e Família (RVF), o doutor em bioética e padre camiliano, Leo Pessini, que participou do processo de elaboração do novo Código de Ética Médica Brasileiro, que entrou em vigor no dia 13, falou sobre a produção desse novo documento. Ele destacou as novidades do Código, como, a aprovação do trabalho, resultado da análise de 2.575 sugestões de mudanças encaminhadas por profissionais especialistas e instituições afins e de sua nova composição: “O novo código é composto de um preâmbulo com 6 incisos, 25 incisos de princípios fundamentais, 10 incisos sobre ‘direitos’, 118 artigos de normas deontológicas [...]”, diz ele.
Leo Pessini também fala, na entrevista, de sua experiência, em participar da elaboração do novo Código, sendo o único profissional não médico do grupo. “Foi uma experiência fantástica, profundamente enriquecedora em termos de troca de conhecimentos inter e multidisciplinar”, acentuou. Da questão religiosa, tratada, no Código, o doutor afirma que, como os códigos anteriores, o novo "menciona a religião numa perspectiva tímida e negativa". Segundo ele, a religião é "ligada à discriminação e interesses que comprometem uma conduta de lisura ética [...]".
Entre outros pontos, Pessini destaca também os avanços presentes no novo Código, as diferenças entre esse e o anterior, bem como a não comercialização da medicina. Sobre isso, o artigo 68 enfatiza sobre a vedação ao “exercício da profissão com interação e dependência de farmácia, indústria farmacêutica, óptica ou qualquer organização destinada à fabricação, manipulação, promoção ou comercialização de produtos de prescrição médica de qualquer que seja sua natureza”.
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