Pastorais e movimentos sociais de todas as regiões do Brasil participam, desde terça-feira, 25, na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Indústrias (CNTI), de Luziânia (GO), a 40 km de Brasília, da 2ª Assembleia Popular Nacional. O encontro reúne 500 pessoas, que tratam de temas ligados à vida social e política do país.
As discussões foram dividas por eixos de trabalho: direitos ambientais, políticos, econômicos, culturais, sociais e civis, com o objetivo de dar destaque aos anseios diretos do povo. Ao final do encontro, a Assembleia aprova o novo documento ‘O Brasil que queremos’ – texto que recebeu sua primeira versão na 1ª Assembleia Popular Nacional, que aconteceu em 2005.
Segundo Rosilene Vansetto, membro da Secretaria da Assembleia Popular Nacional, o principal objetivo do encontro é enfatizar a organização popular a partir da diversidade de culturas. “Nós acreditamos que o bem maior da Assembleia é a diversidade de conhecimentos, pluralidade de representações e culturas presentes aqui. Essa grande reunião nos possibilita, como bem diz nosso documento, debatermos o ‘Brasil que queremos, a partir da diversidade’”, disse ela.
Rosilene destaca a participação de todos os presentes como a maior riqueza da Assembleia. Ela comenta ainda que o resultado da participação será refletido no Documento final do encontro. “Nós queremos que o Projeto popular tenha a cara de todos os participantes: do pescador, do índio, do negro, da mulher, dos jovens e das crianças. Essa, é sem dúvida, a maior riqueza da Assembleia”.
O sociólogo Ivo Lesbaupin concorda com Rosilene. Ele também afirma que a diversidade cultural contribui ativamente no processo de construção do novo documento ‘O Brasil que queremos’. “No documento anterior não foi dado ênfase às culturas indígenas, aos quilombolas. A questão do migrante também ficou de lado. Nesse novo documento conseguimos superar essas falhas porque houve a participação ativa das culturas brasileiras presentes no encontro”, disse. Ivo comemora também a incorporação de temas importantes para a vida do povo, como é o caso dos biomas e do meio ambiente, que no documento anterior entrou com anexo. “Neste novo documento os direitos ambientais estão logo no início do texto, isso porque a contribuição vinda das bases garantiu a centralidade e importância dessas temáticas”, esclarece.
“O momento em que acontece a Assembleia é decisório para a luta histórica da organização do nosso povo brasileiro”, disse a integrante da direção nacional do Movimento de Mulheres Camponesas e da coordenação da Via Campesina – Brasil, Rosângela Piovizani Cordeiro. Deixar claro o papel dos movimentos socais junto à população brasileira é, para ela, o grande desafio da Assembleia Popular Nacional. “Precisamos avançar e construir. Estamos em um momento histórico de enfrentamento ao capitalismo neoliberal, cujo interesse é apenas o lucro, deixando de lado bens como a natureza. Na Assembleia temos que olhar para os interesses comuns e abrir espaço para as alternativas”.
Chegar a um consenso para a construção do novo documento é um desafio que está sendo vencido pelas organizações, que levantam várias bandeiras. “A construção coletiva é sempre desafiadora porque cada movimento social tem seu jeito de fazer seu debate. Cada movimento tem uma forma de ver o debate como um todo, com a sua bandeira de luta e sua forma de construir. Nessa forma diversa com atores diversos, tem momentos que existem diferenças, mas são mais diferenças de formas do que de conteúdos. A forma de construir o Brasil que queremos não é única, mas o projeto de que queremos é uniforme. As diferenças estão apenas na forma de construir, mas o objetivo que nos une, que é construir um projeto popular para o Brasil, é mais forte do que nossas diferenças de método”, diz Silvano Silvério da Silva, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
A Assembleia termina nesta sexta-feira, quando serão feitos os encaminhamentos finais do documento ‘O Brasil que queremos’, que será discutido com as bases dos movimentos sociais e das pastorais sociais.
As discussões foram dividas por eixos de trabalho: direitos ambientais, políticos, econômicos, culturais, sociais e civis, com o objetivo de dar destaque aos anseios diretos do povo. Ao final do encontro, a Assembleia aprova o novo documento ‘O Brasil que queremos’ – texto que recebeu sua primeira versão na 1ª Assembleia Popular Nacional, que aconteceu em 2005.
Segundo Rosilene Vansetto, membro da Secretaria da Assembleia Popular Nacional, o principal objetivo do encontro é enfatizar a organização popular a partir da diversidade de culturas. “Nós acreditamos que o bem maior da Assembleia é a diversidade de conhecimentos, pluralidade de representações e culturas presentes aqui. Essa grande reunião nos possibilita, como bem diz nosso documento, debatermos o ‘Brasil que queremos, a partir da diversidade’”, disse ela.
Rosilene destaca a participação de todos os presentes como a maior riqueza da Assembleia. Ela comenta ainda que o resultado da participação será refletido no Documento final do encontro. “Nós queremos que o Projeto popular tenha a cara de todos os participantes: do pescador, do índio, do negro, da mulher, dos jovens e das crianças. Essa, é sem dúvida, a maior riqueza da Assembleia”.
O sociólogo Ivo Lesbaupin concorda com Rosilene. Ele também afirma que a diversidade cultural contribui ativamente no processo de construção do novo documento ‘O Brasil que queremos’. “No documento anterior não foi dado ênfase às culturas indígenas, aos quilombolas. A questão do migrante também ficou de lado. Nesse novo documento conseguimos superar essas falhas porque houve a participação ativa das culturas brasileiras presentes no encontro”, disse. Ivo comemora também a incorporação de temas importantes para a vida do povo, como é o caso dos biomas e do meio ambiente, que no documento anterior entrou com anexo. “Neste novo documento os direitos ambientais estão logo no início do texto, isso porque a contribuição vinda das bases garantiu a centralidade e importância dessas temáticas”, esclarece.
“O momento em que acontece a Assembleia é decisório para a luta histórica da organização do nosso povo brasileiro”, disse a integrante da direção nacional do Movimento de Mulheres Camponesas e da coordenação da Via Campesina – Brasil, Rosângela Piovizani Cordeiro. Deixar claro o papel dos movimentos socais junto à população brasileira é, para ela, o grande desafio da Assembleia Popular Nacional. “Precisamos avançar e construir. Estamos em um momento histórico de enfrentamento ao capitalismo neoliberal, cujo interesse é apenas o lucro, deixando de lado bens como a natureza. Na Assembleia temos que olhar para os interesses comuns e abrir espaço para as alternativas”.
Chegar a um consenso para a construção do novo documento é um desafio que está sendo vencido pelas organizações, que levantam várias bandeiras. “A construção coletiva é sempre desafiadora porque cada movimento social tem seu jeito de fazer seu debate. Cada movimento tem uma forma de ver o debate como um todo, com a sua bandeira de luta e sua forma de construir. Nessa forma diversa com atores diversos, tem momentos que existem diferenças, mas são mais diferenças de formas do que de conteúdos. A forma de construir o Brasil que queremos não é única, mas o projeto de que queremos é uniforme. As diferenças estão apenas na forma de construir, mas o objetivo que nos une, que é construir um projeto popular para o Brasil, é mais forte do que nossas diferenças de método”, diz Silvano Silvério da Silva, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
A Assembleia termina nesta sexta-feira, quando serão feitos os encaminhamentos finais do documento ‘O Brasil que queremos’, que será discutido com as bases dos movimentos sociais e das pastorais sociais.
CNBB
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