Segundo constata o porta-voz vaticano
Cidade do Vaticano (ZENIT.org).- A viagem de Bento XVI a Malta, em particular o encontro com as vítimas de abusos de sacerdotes, supôs um passo decisivo para superar a crise que a Igreja Católica atravessa, constata o porta-voz vaticano.
O Pe. Federico Lomardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, faz um balanço da 14ª viagem apostólica internacional deste pontificado no último editorial de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano.
"A primeira viagem ao estrangeiro do Papa neste ano foi esplêndida - reconhece o porta-voz. Mais uma vez, as preocupações e temores da véspera se demonstraram injustificados. O espírito cordial e as raízes católicas do povo maltês dispensaram a Bento XVI uma acolhida de uma espontaneidade e de um calor memoráveis."
"As boas-vindas foram se intensificando até o momento em que o Papa foi acompanhado por uma frota de embarcações através do porto de Valetta, e o entusiasmo final do encontro com os jovens, verdadeiro canto de vitalidade e esperança."
"Paradoxalmente, o momento mais esperado pela mídia e do qual mais se falou é o único que não pôde ser focado pelas câmeras, pois aconteceu na discrição da oração e na relação mais pessoal: o encontro com vítimas de abusos sexuais", recorda.
"Mas a maneira como alguns participantes falaram do encontro tocou profundamente inúmeras pessoas: um grande peso que lhes foi tirado do coração, a cura que começou, a confiança e a esperança que renasceram."
"Na quarta-feira seguinte - recorda o porta-voz -, o Papa reconheceu que compartilhou seu sofrimento e sua comoção. Dias antes, havia dito que a penitência é uma graça, e chegando a Malta para comemorar o naufrágio de São Paulo, observou que este havia sido um novo ponto de partida para a fé e a esperança dos habitantes da ilha."
"Dessa forma, o encontro com as vítimas adquiriu seu significado de esperança no contexto do encontro do Papa com uma Igreja viva e um caminho capaz de reconhecer suas feridas com sinceridade, mas também de obter a graça da regeneração. Precisávamos desta mensagem", conclui Lombardi.
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