domingo, 25 de abril de 2010

REFLETINDO SOBRE O EVANGELHO


João 10,27-30

Quarto Domingo da Páscoa

O Evangelho de hoje é de João 10,27-30, a terceira e última parte da parábola do bom Pastor, que se lê fragmentada nos três ciclos deste 4º domingo de Páscoa. No ano a, nossa atenção se centraliza sobre a porta; no ano B, sobre o pastor do rebanho; no ano C, o atual, são as ovelhas o objetivo da nossa atenção. Em todo o contexto do capitulo de João, encontramos a imagem de Jesus como bom pastor. Pastor era uma figura muito comum nos campos da Palestina: a imagem do pequeno proprietário de ovelhas. Ao dizer: "Eu Sou o Bom Pastor", Jesus se põe em pé de igualdade com o Deus libertador do Êxodo, que assim quis ser lembrado de geração em geração. Jesus bom Pastor é, portanto, a memória e a presença viva de Deus, que conduz o povo para fora de tudo que exprime e diminui a vida. Com ele iniciamos o novo e definitivo êxodo rumo à vida em plenitude. O pastor que, é Jesus se opõe aos mercenários, que são lideranças político – religiosas do tempo e de todas as épocas. Jesus chama de ladrões e assaltantes os que vieram antes dele. Ainda neste evangelho desenvolveu o tema relação pastor – ovelha, alargando o horizonte até atingirem dimensões universais, com a relação pastor – ovelha e é sintetizado pelo mútuo conhecimento. Conhecer Jesus e ser conhecido por ele não se reduz a simples teoria sobre ele. Aliás, o verbo “conhecer”, no vocabulário bíblico, não se refere a um mero conhecimento intelectual. Ele exprime muito mais a relação de amor. A) é usado para expressar a íntima união do homem e da mulher. B) expressa a comunhão entre Pai e o Filho na Santíssima Trindade.
Portanto, quando Jesus fala que conhece as ovelhas quer dizer que tem para com elas uma relação de amor profundo. O mesmo amor que o une ao Pai, Jesus exprime também + para suas ovelhas; um amor fiel, eterno, indestrutível. Conhecer e ser conhecido é um conforto essencial do qual muita gente está precisando. Assim como o Pastor das ovelhas cuida do campo, Jesus cuida com carinho e ternura de cada um de nós.
Celebramos, neste domingo, a jornada mundial de oração pelas vocações. Este dia foi criado pelo Papa Paulo VI em 1964. Unidos a toda a Igreja, rezemos pelos que têm a responsabilidade de conduzir o rebanho de Cristo; e peçamos também para que Deus envie santos e dignos ministros para a sua Igreja. Que não se considerem donos da Igreja, mas servidores desprendidos e generosos na ação evangelizadora.


Pe. Raimundo Neto.
Pároco de São Vicente de Paulo

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