"A Misericórdia Divina está sempre disponível. Ela aguarda a hora da nossa conversão". Destacou o Papa Bento XVI nesta quarta-feira, 2, durante a Audiência Geral na Sala Paulo VI, no Vaticano. Em sua catequese, Bento XVI retomou a apresentação dos grandes escritores da Igreja do Oriente e do Ocidente. Hoje, ele falou sobre Santo Odon, que nasceu no final do século IX, na França, e foi o segundo abade da famosa Abadia de Cluny. Lá, exerceu uma grande influência nos mosteiros da Europa, difundindo a vida e a espiritualidade inspiradas na Regra de São Bento.Refletindo sobre os ensinamentos do frade beneditino, o Papa destacou que Santo Odon gostava de contemplar a Misericórdia de Cristo Salvador, que ele qualificava sugestivamente como "amante da humanidade". De fato, Jesus carregou sobre si os males que estariam destinados a nós, para salvar assim, a criatura que é obra sua e que ama".Santo Odon foi um verdadeiro guia também para os fiéis de seu tempo. Propunha uma mudança radical de vida, fundada na humildade, na austeridade e no desprendimento das coisas efêmeras, para ansiar a eternidade. Entre suas virtudes, destacam-se a paciência, o desapego pelas coisas terrenas, o zelo pelas almas, seu empenho pela paz e a concórdia, aspirando ao cumprimento dos mandamentos, e a atenção aos pobres, jovens e idosos.Firmemente convencido da presença real de Cristo na Eucaristia, tinha grande devoção pelo Corpo e o Sangue do Senhor, exortando a uma Celebração cuidadosa do Sacramento. "Somente quem está unido espiritualmente a Cristo pode receber dignamente seu Corpo Eucarístico", recordou Bento XVI.O Papa deslocou-se ao Vaticano, de helicóptero, proveniente de Castelgandolfo, aonde regressou ao final da manhã.Saudação em portuguêsDepois da catequese, Bento XVI saudou os fiéis em diversas línguas, entre as quais o português: "Saúdo com amizade e gratidão todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os grupos do Brasil. Viestes a Roma para fortalecer os vínculos de fé, esperança e amor que unem a todos os batizados na Igreja, que Jesus quis fundar sobre Pedro. Que as vossas vidas, iluminadas pela fé e perseverantes na esperança, possam sempre testemunhar o amor de Deus. Que as Suas bênçãos desçam abundantes sobre vós e vossas famílias".II Guerra MundialNo final da audiência geral, Bento XVI recordou os 70 anos do início da II guerra mundial. "Na memória dos povos permanecem as tragédias humanas e o absurdo da guerra. Peçamos a Deus que o espírito do perdão, da paz e da reconciliação penetre os corações dos homens. A europa e o mundo de hoje precisam de um espirito de comunhão: Procuremos construí-lo sobre Cristo e o seu Evangelho, sobre o fundamento da caridade e da verdade".
Da Redação da Canção Nova Notícias, com agências
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