Os impactos das mudanças climáticas sobre as populações mais vulneráveis serão discutidos entre os dias 8 e 10 de junho, num simpósio internacional organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pela entidade católica alemã Misereor e por diversas organizações parceiras. O evento deve reunir cerca de 200 pessoas, entre cientistas, representantes de movimentos e pastorais sociais e vítimas de fenômenos provocados pelas mudanças climáticas. O simpósio será realizado no Centro Cultural de Brasília (DF).O objetivo do encontro é expor a gravidade do problema que mata 315 mil pessoas por ano no mundo de fome, doenças ou desastres naturais, de acordo com o relatório divulgado pelo Fórum Humanitário Global (FHG), entidade com sede em Genebra. A partir dos debates, espera-se que a sociedade tome uma posição mais consistente em relação à questão, adotando medidas para impedir o avanço das mudanças climáticas e suas graves conseqüências. O simpósio pretende também formular cobranças para o Estado.As populações mais vulneráveis, como os povos indígenas, ribeirinhos e populações empobrecidas são as mais impactadas com a transformação no clima do planeta. Alguns representantes desses grupos falarão sobre como reagem e se adaptam aos efeitos das mudanças climáticas.Dentre os debatedores do evento estão os pesquisadores Tércio Ambrizzi (Departamento de Ciências Atmosféricas da USP), Philip Fearnside (Coordenação de Pesquisas em Ecologia do Inpa e integrante do IPCC) e Carlos Nobre (Inpe e integrante do IPCC); o teólogo Luiz Carlos Susin (PUC/RS), representantes de indígenas, pescadores, quilombolas, atingidos por barragens, populações afetadas pelas enchentes no Norte e Nordeste e pela seca na região Sul. Os palestrantes alemães são Anika Schroeder e Katrin Vohland. Entre as entidades parceiras estão a Cáritas do Brasil, Comissão da Amazônia da CNBB, Comissão Água e Meio Ambiente (CNBB, UCB, CRB, FBOMS), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), FASE CAIS, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Via Campesina.
CNBB
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