quinta-feira, 7 de maio de 2009

VATICANO TEM 32 NOVOS GUARDAS SUÍÇOS

Ontem, 6, foi dia de juramento de guardas suíços no Vaticano. A cerimônia, que se repete desde o saque de Roma, 482 anos atrás, realizou-se na manhã de ontem, no Pátio de São Damaso.
Celebrando o dia 6 de maio de 1527, data em que 147 soldados suíços se sacrificaram para salvar o pontífice, ontem, 32 novos recrutas juraram lealdade diante do novo comandante do exército pontifício, Daniel Anrig, há um ano no cargo.
36 anos, casado, quatro filhos, formado em direito civil e eclesiástico, o novo comandante adiantou ontem a jornalistas que ele, pessoalmente, não exclui a hipótese de que a Guarda suíça abra no futuro suas portas às mulheres: "Entendo que se o corpo de guarda suíço existe há quase 500 anos, é porque se renova continuamente", declarou.
Os requisitos para acessar ao exército pontifício são: ser suíço, homem, católico praticante, ter um diploma, mais de 1.74m de altura, e um comprovado equilíbrio psicológico e comportamental.
Entre os deveres dos guardas suíços, estão: a custódia física do papa, a vigilância do Palácio Apostólico e dos ingressos externos da Cidade do Vaticano, os serviços de segurança e de honra em cerimônias públicas do pontífice.
"Trata-se – como sublinhou o Cardeal Bertone, presidindo a missa, esta manhã – de um serviço qualificado e unanimemente apreciado, que exige seriedade, dedicação, fidelidade e vigilância".
Na missa celebrada no Altar da Cátedra, na Basílica Vaticana, o secretário de Estado, Tarcisio Bertone, ressaltou ainda outro aspecto:
"Vigilância e oração são indispensáveis uma à outra. Não se pode vigiar sem rezar, nem rezar sem estar espiritualmente alerta. Aquele que ama, bem vigia. Velar faz parte do amor. Antes de tudo, devemos vigiar contra o mal, contra o pecado, contra o desamor. Jesus quer nos ver com as lâmpadas de sua luz acesas".
Em seguida, o Cardeal Bertone recordou aos guardas que seu serviço no Vaticano deve ser forjado pela vigilância não apenas exterior, mas também interior, de seus corações.
"A linfa vital de seu trabalho deve ser a vida de fé, de consciência da pertença à Igreja e do sentimento de fidelidade ao papa", disse, convidando os novos guardas a enfrentarem as provações e dificuldades do dia-a-dia com coragem, confiança, e sobretudo, com a força e a graça que provêm de Deus.

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