Solenidade do dia de Pentecostes
Celebramos neste domingo, com júbilo e gratidão a Deus, a Festa de Pentecostes. É o dia do aniversário da Igreja, que o considera público e solene. O início de sua missão como Igreja.
A Festa de Pentecostes já existia e era celebrada pelos judeus cinqüenta dias depois da Páscoa. Era, antes, a festa da colheita, que motivava uma peregrinação a Jerusalém, com a oferta das primícias dos frutos da terra. Depois passou a ser a festa da entrega da lei ( torá ) de Deus, através de Moisés, cinqüenta dias depois da Páscoa.
Quanto a nós cristãos, celebramos a descida do Espírito Santo sobre os discípulos, cinqüenta dias após a ressurreição do Senhor. Não está, pois, em referência à colheita e à lei, mas ao Espírito Santo de Deus. Podemos dizer que é o dia do nascimento da Igreja, quando as primícias ( frutos novos ) são oferecidas a Deus, quando se faz o início da grande colheita do Espírito para o Pai, em Cristo Jesus. É o tempo de entrega da nova lei; não mais escrita em pedra, mas inscrita no coração pelo Espírito Santo, a lei do amor. O efeito principal da vinda do Espírito Santo é formar o Povo de Deus. Ele está presente desde os albores da criação. ( cf Gn 1,2: "O Espírito de Deus pairava sobre as águas" ). Ele manifesta-se progressivamente na história do povo de Israel, nos juizes e profetas. Por último, o Espírito Santo é revelado e derramado plenamente após a ressurreição de Jesus.
O Evangelho da celebração de hoje é de João (20, 19-23). Ele nos mostra Jesus ressuscitado, vivo e presente com o Espírito Santo que é fonte de paz e perdão. O Ressuscitado vence a morte e está no seio de Deus e nos dá o dom da paz, o dom do Espírito Santo e o dom do perdão. Este espírito, que se chama em hebraico - Ruah - sopro, vento, e, em grego pneuma, é um sopro de vida. Esse sopro de Jesus sinaliza a unção, e o derramamento do Espírito sobre os apóstolos reunidos no cenáculo foi, de fato, um sopro da vida. Assim como, no inicio da criação, Deus "soprou" o barro dando vida ao ser humano, em Jesus, vemos o sopro da nova criação capacitando o ser humano para promover a vida em plenitude. Celebrar Pentecostes é abrir-se a Deus que sopra sobre nossas vidas com ternura e com vigor; é viver insuflados pelo Espírito que cria todas as coisas, é comprometer-se com o Ressuscitado que nos envia em missão para transformar o mundo.
A mensagem da Festa de hoje poderá ser esta: a Igreja nasce pelo Espírito Santo para servir. Nasce de um amor que o Espírito Santo opera e vai formando o povo universal de Deus. Ele é mandado por Jesus para formar um povo de Deus não mais limitado à raça, à cultura e ao País de Israel, mas para penetrar fermentando todos os povos da terra para que se tornem um só povo de Deus.
Peçamos ao Senhor Jesus, na Festa de hoje, quando celebramos seu Espírito, que realize em nós um novo Pentecostes. Que Ele revista as nossas Igrejas com a força do alto para que a nova evangelização se concretize em gestos de solidariedade com os mais pobres. Que Ele reúna na unidade todas as Igrejas cristãs e todos os povos de nosso continente na liberdade e na paz.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente
Celebramos neste domingo, com júbilo e gratidão a Deus, a Festa de Pentecostes. É o dia do aniversário da Igreja, que o considera público e solene. O início de sua missão como Igreja.
A Festa de Pentecostes já existia e era celebrada pelos judeus cinqüenta dias depois da Páscoa. Era, antes, a festa da colheita, que motivava uma peregrinação a Jerusalém, com a oferta das primícias dos frutos da terra. Depois passou a ser a festa da entrega da lei ( torá ) de Deus, através de Moisés, cinqüenta dias depois da Páscoa.
Quanto a nós cristãos, celebramos a descida do Espírito Santo sobre os discípulos, cinqüenta dias após a ressurreição do Senhor. Não está, pois, em referência à colheita e à lei, mas ao Espírito Santo de Deus. Podemos dizer que é o dia do nascimento da Igreja, quando as primícias ( frutos novos ) são oferecidas a Deus, quando se faz o início da grande colheita do Espírito para o Pai, em Cristo Jesus. É o tempo de entrega da nova lei; não mais escrita em pedra, mas inscrita no coração pelo Espírito Santo, a lei do amor. O efeito principal da vinda do Espírito Santo é formar o Povo de Deus. Ele está presente desde os albores da criação. ( cf Gn 1,2: "O Espírito de Deus pairava sobre as águas" ). Ele manifesta-se progressivamente na história do povo de Israel, nos juizes e profetas. Por último, o Espírito Santo é revelado e derramado plenamente após a ressurreição de Jesus.
O Evangelho da celebração de hoje é de João (20, 19-23). Ele nos mostra Jesus ressuscitado, vivo e presente com o Espírito Santo que é fonte de paz e perdão. O Ressuscitado vence a morte e está no seio de Deus e nos dá o dom da paz, o dom do Espírito Santo e o dom do perdão. Este espírito, que se chama em hebraico - Ruah - sopro, vento, e, em grego pneuma, é um sopro de vida. Esse sopro de Jesus sinaliza a unção, e o derramamento do Espírito sobre os apóstolos reunidos no cenáculo foi, de fato, um sopro da vida. Assim como, no inicio da criação, Deus "soprou" o barro dando vida ao ser humano, em Jesus, vemos o sopro da nova criação capacitando o ser humano para promover a vida em plenitude. Celebrar Pentecostes é abrir-se a Deus que sopra sobre nossas vidas com ternura e com vigor; é viver insuflados pelo Espírito que cria todas as coisas, é comprometer-se com o Ressuscitado que nos envia em missão para transformar o mundo.
A mensagem da Festa de hoje poderá ser esta: a Igreja nasce pelo Espírito Santo para servir. Nasce de um amor que o Espírito Santo opera e vai formando o povo universal de Deus. Ele é mandado por Jesus para formar um povo de Deus não mais limitado à raça, à cultura e ao País de Israel, mas para penetrar fermentando todos os povos da terra para que se tornem um só povo de Deus.
Peçamos ao Senhor Jesus, na Festa de hoje, quando celebramos seu Espírito, que realize em nós um novo Pentecostes. Que Ele revista as nossas Igrejas com a força do alto para que a nova evangelização se concretize em gestos de solidariedade com os mais pobres. Que Ele reúna na unidade todas as Igrejas cristãs e todos os povos de nosso continente na liberdade e na paz.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente
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