Solenidade da Ascensão do Senhor
A liturgia da Igreja neste domingo comunica-nos a Solenidade da Ascensão do Senhor; Jesus despede-se de seus discípulos. É a festa da elevação à plenitude, a festa da despedida, mas não da ausência. São muitas as interpretações dadas a esse importante acontecimento na vida da Igreja nascente e atual. Cristo, encerrando sua atividade terrena visível, ascende ao céu e assinala, desse modo, o nascimento da vocação missionária da Igreja. Esta solenidade diz ainda que, doravante, a Boa Nova de Jesus, que deverá ser anunciada, não exclui homem algum: todas as nações serão, pelo mandamento e pelo direito divino, destinatária da vida e do amor de Cristo. Portanto, esta radical vocação missionária da Igreja, nascida no dia da Ascensão, revela o último amor realizado por Jesus na sua vida terrena. Na Ascensão, Cristo Ressuscitado escondeu-se dos nossos olhos físicos para que pudéssemos contemplá-lo à luz da fé e sob a ação do Espírito Santo. Pela ação do Espírito Santo, que é o “alter ego” ( o outro eu ) de Jesus, derrama-se o amor de Cristo no coração dos que crêem.
Portanto, era necessário que Jesus voltasse ao Pai a fim de que o Espírito realizasse sua obra no coração dos seres humanos. A invisibilidade material de Deus torna-se a saúde e a salvação dos nossos olhos materiais e a condição para a nossa liberdade. Se Deus se manifestasse visivelmente com toda a sua majestade e esplendor, seríamos petrificados na sua luz e abocanhados pela sua glória. Medo, terror, extrema admiração engoliriam a nossa liberdade. Deus, portanto, porque nos ama, esconde-se ante nossos olhos físicos para se revelar aos que livremente crêem através dos olhos da fé.
O evangelho refletido hoje (Mc. 16, 15-20) inicia-se com a ordem de Jesus: "vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a toda criatura". A grande missão da comunidade cristã é anunciar o que o Mestre anunciou: a boa notícia do mundo novo, inaugurado por Ele mesmo.
No anúncio, quatro sinais acompanham aqueles que acreditam em Jesus: 1) Expulsar os demônios, ou seja, desalienar as pessoas. 2) Falar línguas, falar a linguagem do amor que une a todos. 3) Pegar serpentes e beber o veneno delas - ter o domínio sobre o mal, sem se deixar levar pela corrupção. 4) Curar os doentes, lutar pela saúde e a dignidade de todos.
Não podemos pensar em Ascensão com categorias humanas, como se Jesus subisse como o foguete de um astronauta para o céu e se ausentasse de nós para sempre no espaço sideral. Ao contrário, Deus está presente em todos os tempos e lugares. O fato de os cristãos esperarem por Jesus não deve deixá-los passivos, mas levá-los à missão. É preciso descruzar os braços, deixar de olhar passivamente para o céu, encarar a realidade que nos cerca e nos comprometer com o testemunho de Jesus.
Peçamos ao Pai, através de seu Espírito Santificador, que, na celebração deste domingo que o Senhor sobe aos céus e nos dá o dom de sermos suas testemunhas, possamos trabalhar no anúncio da pessoa de Jesus Cristo, como boa notícia, como um presente. Que na nossa evangelização possa surgir um católico mais consciente e de qualidade e não apenas por herança familiar ou tradição.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo
A liturgia da Igreja neste domingo comunica-nos a Solenidade da Ascensão do Senhor; Jesus despede-se de seus discípulos. É a festa da elevação à plenitude, a festa da despedida, mas não da ausência. São muitas as interpretações dadas a esse importante acontecimento na vida da Igreja nascente e atual. Cristo, encerrando sua atividade terrena visível, ascende ao céu e assinala, desse modo, o nascimento da vocação missionária da Igreja. Esta solenidade diz ainda que, doravante, a Boa Nova de Jesus, que deverá ser anunciada, não exclui homem algum: todas as nações serão, pelo mandamento e pelo direito divino, destinatária da vida e do amor de Cristo. Portanto, esta radical vocação missionária da Igreja, nascida no dia da Ascensão, revela o último amor realizado por Jesus na sua vida terrena. Na Ascensão, Cristo Ressuscitado escondeu-se dos nossos olhos físicos para que pudéssemos contemplá-lo à luz da fé e sob a ação do Espírito Santo. Pela ação do Espírito Santo, que é o “alter ego” ( o outro eu ) de Jesus, derrama-se o amor de Cristo no coração dos que crêem.
Portanto, era necessário que Jesus voltasse ao Pai a fim de que o Espírito realizasse sua obra no coração dos seres humanos. A invisibilidade material de Deus torna-se a saúde e a salvação dos nossos olhos materiais e a condição para a nossa liberdade. Se Deus se manifestasse visivelmente com toda a sua majestade e esplendor, seríamos petrificados na sua luz e abocanhados pela sua glória. Medo, terror, extrema admiração engoliriam a nossa liberdade. Deus, portanto, porque nos ama, esconde-se ante nossos olhos físicos para se revelar aos que livremente crêem através dos olhos da fé.
O evangelho refletido hoje (Mc. 16, 15-20) inicia-se com a ordem de Jesus: "vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a toda criatura". A grande missão da comunidade cristã é anunciar o que o Mestre anunciou: a boa notícia do mundo novo, inaugurado por Ele mesmo.
No anúncio, quatro sinais acompanham aqueles que acreditam em Jesus: 1) Expulsar os demônios, ou seja, desalienar as pessoas. 2) Falar línguas, falar a linguagem do amor que une a todos. 3) Pegar serpentes e beber o veneno delas - ter o domínio sobre o mal, sem se deixar levar pela corrupção. 4) Curar os doentes, lutar pela saúde e a dignidade de todos.
Não podemos pensar em Ascensão com categorias humanas, como se Jesus subisse como o foguete de um astronauta para o céu e se ausentasse de nós para sempre no espaço sideral. Ao contrário, Deus está presente em todos os tempos e lugares. O fato de os cristãos esperarem por Jesus não deve deixá-los passivos, mas levá-los à missão. É preciso descruzar os braços, deixar de olhar passivamente para o céu, encarar a realidade que nos cerca e nos comprometer com o testemunho de Jesus.
Peçamos ao Pai, através de seu Espírito Santificador, que, na celebração deste domingo que o Senhor sobe aos céus e nos dá o dom de sermos suas testemunhas, possamos trabalhar no anúncio da pessoa de Jesus Cristo, como boa notícia, como um presente. Que na nossa evangelização possa surgir um católico mais consciente e de qualidade e não apenas por herança familiar ou tradição.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo
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