A Pastoral da Comunicação da arquidiocese de São Paulo, em comemoração pelo 43º Dia Mundial das Comunicações Sociais, realizou quatro eventos interligados sobre “Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade”, tema da mensagem do papa Bento XVI para esse dia.
O primeiro evento, realizado, dia 7 de maio, em conjunto com o Sepac Paulinas, contou com uma palestra da jornalista Joana Puntel sobre a mensagem papal para o dia mundial das comunicações. A palestra seguinte foi realizada, no dia 13 de maio, abordando a linguagem dos jovens no mundo cibernético, pela professora Rose Rocha.
No dia 23, no Colégio Marista Arquidiocesano, com transmissão pela Rádio 9 de Julho, ocorreu uma Mesa Redonda sobre as novas relações surgidas, principalmente, entre jovens na Internet. Os debatedores foram o cardeal e arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, a professora do Departamento de Antropologia da PUC-SP, Sílvia Helena Simões Borelli, e o professor, doutor e jornalista do jornal O Estado de São Paulo, Carlos Alberto Di Franco.
Para a professora Silvia Borelli, “os jovens, diferentemente dos adultos que foram educados para realizar tarefas por alternância, têm a capacidade da simultaneidade, ou seja, eles podem, ao mesmo tempo, estar lendo algo na internet, falando ao celular, assistindo televisão e ouvindo música. Esse é um detalhe que os adultos precisam estudar para lidar com a juventude”. A professora apontou ainda que as novas tecnologias estão produzindo “novos excluídos, as antigas gerações que por não saberem operar as novas tecnologias são alijadas das novas relações” afirmou.
Segundo o jornalista Carlos Alberto Di Franco, a tecnologia pode trazer grandes benefícios para a sociedade, mas também pode ser uma arma contra a cidadania e a democracia. “A Internet é um notável canal de democratização do conhecimento, pois, hoje, qualquer um pode acessar as bibliotecas dos grandes países, pode interagir, conversar com pessoas do mundo da ciência e da cultura, da música, por exemplo. No entanto, pode ser uma via quase impune para disseminação da pornografia, do racismo, da violência, do ódio. Não existe uma legislação que puna esses crimes”, afirmou.
Para o cardeal de São Paulo, dom Odilo, os jovens, no fundo, têm uma capacidade de autocrítica, de bom senso e não são tão manipuláveis como máquinas. “Todos, Igreja e educadores, devem despertar e incentivar a capacidade critica dos jovens para que eles possam discernir sobre os mecanismos de manipulação, de imposição de determinadas ideologias”, explicou o cerdeal.
No dia seguinte, 24, houve missa na Catedral da Sé pelo 43º Dia Mundial das Comunicações Sociais.
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CNBB
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