O Vaticano emitiu um comunicado, nesta sexta-feira, 24, sobre um acordo de isenção fiscal e de propriedade para os edifícios da Santa Sé na Terra SantaA nota foi publicada após a reunião, em Jerusalém, da Comissão Bilateral Permanente Israel-Vaticano, para dar continuidade às negociações sobre o acordo econômico que deverá estabelecer os direitos e os deveres das comunidades católicas em Israel, no que concerne à questão de impostos e propriedades."O encontro transcorreu num clima de grande cordialidade e espírito de cooperação. Houve significativos progressos, foi elaborado um relatório e as duas partes reiteraram seu compromisso de chegar a um acordo o mais rápido possível", diz o comunicado. A nota acrescenta que a comissão voltará a se reunir no próximo dia 30 de abril, novamente em Jerusalém.Entre as reivindicações do Vaticano, está a obtenção de personalidade jurídica para a Igreja Católica que, atualmente, não pode tutelar suas propriedades, quando ocupadas. Outra questão se refere à isenção de impostos: a lei israelense exime os locais de culto, como as sinagogas, do pagamento de tributos. O Vaticano também espera assumir propriedades como a sala do Cenáculo onde, segundo a tradição, Jesus celebrou a Última Ceia.Visita à Terra SantaO Papa Bento XVI visitará a Terra Santa de 8 a 15 de maio, e chegará em Israel no dia 11.O governo israelense está apresentando a peregrinação como "uma ponte para a paz". O slogan aparece na primeira página do site www.holyland-pilgrimage.org, traduzido em sete línguas e criado pelo Executivo israelense, especialmente para a visita apostólica. "A peregrinação de Sua Santidade Bento XVI à Terra Santa é uma peregrinação pela paz e a reconciliação", anuncia a página, que traz informações sobre o programa pontifício e informações práticas para os peregrinos. Em particular, o Ministério das Relações Exteriores de Telaviv afirma que "em Jerusalém, a visita do Pontífice ao Yad Vashem – o monumento em memória dos mártires e heróis do holocausto − é mais uma expressão de sua solidariedade para com o povo judeu e de seu reconhecimento dos horrores do holocausto". Um dos maiores expoentes do judaísmo mundial e presidente do Comitê Judaico Internacional para o Diálogo Inter-religioso (Jewish Committee for Interreligious Consultations), rabino David Rosen, em entrevista ao "L'Osservatore Romano", manifesta todo o seu entusiasmo: "Visitando Israel, expressando o respeito da Santa Sé pelo Estado judaico e reforçando o impacto da visita pioneira de seu predecessor, Bento XVI fará certamente progredir o processo histórico de reconciliação entre judeus e católicos"."Rezamos – diz ainda o rabino – para que sua visita alcance também outro objetivo, já anunciado pelo Papa: promover a paz e a reconciliação entre os povos e crenças na Terra Santa e em todo o Oriente Médio".
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Da Redação da Canção Nova Noticias, com Rádio Vaticano
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