Cristo ressuscitou! Neste domingo de Páscoa, Bento XVI presidiu, no adro da Basílica Vaticana, à Celebração Eucarística, diante de 100 mil pessoas na Praça São Pedro.Na homilia, comentando a segunda leitura, o Papa explicou a exclamação de São Paulo "Cristo, o nosso Cordeiro Pascal, foi imolado" (1 Cor 5, 7). Esta frase, disse o Pontífice, encerra a plena consciência da novidade cristã. "O símbolo central da história da salvação – o cordeiro pascal – é identificado em Jesus, chamado precisamente 'o nosso cordeiro pascal'"..: Fotos da MissaA Páscoa hebraica, continuou, previa anualmente o rito da imolação do cordeiro. Na sua paixão e morte, Jesus revela-Se como o Cordeiro de Deus "imolado" na cruz para tirar os pecados do mundo. Assim, Jesus levou a cumprimento a tradição da antiga Páscoa e transformou-a na sua Páscoa.A partir deste novo significado da festa pascal, compreende-se também a interpretação dos "ázimos" dada por São Paulo. O Apóstolo refere-se a um antigo costume hebraico, segundo o qual, por ocasião da Páscoa, era preciso eliminar de casa todo e qualquer resto de pão fermentado. Por um lado, isto constituía uma recordação do que tinha acontecido aos seus antepassados no momento da fuga do Egito: saindo às pressas do país, levaram apenas pães não fermentados.Mas, por outro, os ázimos eram símbolo de purificação: eliminar o que era velho para dar espaço ao novo. Agora, explica São Paulo, esta antiga tradição adquire um sentido novo, precisamente a partir do novo "êxodo", que é a passagem de Jesus da morte à vida eterna.Também nós, seus discípulos, disse o papa, podemos e devemos ser "nova massa", "pães ázimos", livres de qualquer resíduo do velho fermento do pecado: nada de malícia ou perversidade no nosso coração."Celebremos, pois, a festa (…) com os pães ázimos da pureza e da verdade." Citando a exortação S. Paulo, Bento XVI pediu aos fiéis que acolham o convite do Apóstolo, abrindo o espírito a Cristo morto e ressuscitado para que nos renove, para que elimine do nosso coração o veneno do pecado e da morte e nele infunda a seiva vital do Espírito Santo: a vida divina e eterna."O Ressuscitado precede-nos e acompanha-nos pelas estradas do mundo. Ele é a nossa esperança, Ele é a verdadeira paz do mundo" – concluiu o Pontífice.
Rádio Vaticano
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