quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

TURISMO RELIGIOSO PODE AJUDAR CRISTÃOS PERSEGUIDOS

O turismo religioso e as peregrinações podem ajudar os cristãos perseguidos. Em síntese, este foi o teor do discurso proferido esta manhã pelo secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, arcebispo Agostino Marchetto. O pronunciamento foi feito por ocasião do encontro organizado pela Universidade romana de Tor Vergata sobre atividades turísticas e culturais. Falando sobre o tema "A Igreja e o turismo religioso", Dom Marchetto relevou que, infelizmente, em algumas nações existem igrejas, capelas ou afrescos de interesse histórico e artístico que são proibidos ao público por carência de funcionários e de meios ou por ordem das autoridades civis.Portanto, a "pressão turística" pode revelar-se uma oportunidade para que sejam abertos ao público, beneficiando espiritual e economicamente os habitantes. Em especial, Dom Marchetto se fez porta-voz da invocação feita por muitos irmãos e irmãs que vivem em países onde não podem desempenhar seu serviço pastoral. Eles pedem explicitamente que sejam visitados para que suas comunidades de fé possam sobreviver. A seguir, Dom Marchetto distinguiu turismo religioso e peregrinação, pedindo aos agentes que evitem a "turistificação" dos locais sagrados. A tarefa da comunidade eclesial, afirmou, é acolher as pessoas que visitam esses locais testemunhando o amor de Deus, mesmo que não professem qualquer religião. Para o prelado, o turismo religioso é destinado a crescer, independentemente da difícil situação econômica atual.Segundo a Organização Mundial do Turismo, em 2007, 330 milhões de turistas visitaram locais de fé. Desses, 47% viajam por motivos culturais, não estreitamente religiosos. Diante desse fato, Dom Marchetto pede que o patrimônio religioso seja promovido com inteligência e coerência. "Há um retorno ao sentido da beleza que pode conduzir a Deus", concluiu o prelado.

Rádio Vaticano

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