Quarto Domingo do Advento
No coração do advento e à medida que nos aproximamos do Natal, a liturgia dá realce à pessoa de Maria que, junto com o profeta Isaías e João Batista, completa o trio de figuras que encarnam a espera da vinda do Messias. Ao considerar o inefável amor com que a Virgem Maria esperou o Filho, sentir-nos-emos animados a tomá-la como modelo e nos preparar vigilantes na oração e jubilosos no louvor, para ir ao encontro do Salvador que vem.
A encenação e o diálogo da anunciação apresentados no evangelho de hoje (Lucas 1, 26-38), do mesmo modo que o anúncio paralelo feito a Zacarias sobre o nascimento de João Batista, contêm o quadro vocacional comum a todos os casos da chamada por Deus no Antigo Testamento. Assim aparece nas referências latentes nesta página evangélica: Vocação de Moisés, Gedeão, Samuel, Saul, Jeremias etc..
A resposta de Maria ao chamado de Deus, "faça-se", é de um compromisso total com Deus, ao qual se manterá fiel por toda a vida. Aceitou assim o plano de Deus, sem reserva, em meio da penumbra da fé, pois lhe era impossível, de princípio, conhecer em toda a sua complexidade as conseqüências de sua opção.
Maria é a suprema revelação das possibilidades que a graça de Deus oferece à humanidade, a assunção total da criatura em Deus, a realização perfeita da imagem divina. O "faça-se" de Maria é um "sim" para o homem novo, para a nova humanidade reconciliada com Deus por Cristo.
Síntese: Maria é a representante da comunidade dos pobres que espera a libertação. Dela nasce Jesus Messias, o Filho de Deus. O fato de Maria conceber sem ainda estar morando com José indica que o nascimento do Messias é obra da intervenção de Deus.
Pe. Raimundo Neto
Pároco de São Vicente de Paulo
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