Estão previstas para este ano algumas novidades, como a colocação da imagem da Virgem com o Menino, nos ritos litúrgicos de Natal presididos pelo Papa na Basílica de São Pedro. Estas mudanças, segundo o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, Dom Guido Marini, respondem ao objetivo, "não de fazer coisas novas, mas de fazer de forma nova" alguns elementos litúrgicos já existentes. Dom Marini explicou estas mudanças em uma entrevista concedida ao L'Osservatore Romano, na qual sublinhou que as celebrações litúrgicas do tempo de Natal "devem conduzir os fiéis à contemplação do mistério da Encarnação", frente ao qual "tudo deve contribuir para suscitar assombro: as palavras, os gestos, os silêncios, a música, os símbolos, o canto, o rito em seu conjunto".Entre as novidades destes ritos, o prelado explicou em primeiro lugar que a "bela escultura policromada que representa a Virgem no trono com o Menino que abençoa se colocará junto ao altar da confissão desde a noite de hoje, 24, até o dia da Epifania, e não só na Solenidade da Santíssima Mãe de Deus. "Quis-se sublinhar asism que o tempo de Natal é um tempo mariano. A Virgem Santa não distrai a atenção do mistério do Filho de Deus que se faz homem, mas ao contrário, ajuda a compreendê-lo em seu significado verdadeiro", disse.Preparação Também se dará importância ao tempo da preparação para a celebração, para que "o alternar-se das leituras, oração e música ajude a preparar a alma de todos os presentes ao clima de recolhimento adequado", como o breve momento de silêncio previsto após a homilia do Santo Padre e após a distribuição da comunhão. "No canto do Glória, após a entoação do Santo Padre, tocarão os sinos com acompanhamento do órgão, mas não se fará o tradicional rito de oferenda de flores das crianças em representação dos diversos continentes. Esta oferenda se traslada ao final da Celebração Eucarística, quando o Pontífice se aproximar do presépio para colocar a imagem do Menino Jesus", explicou.Com relação à benção Urbi et orbi, Dom Marini assinalou que o Papa não usará a capa pluvial. "Preferiu-se optar pela murça com a estola, ao tratar-se de uma benção solene que não comporta um rito particular".Festa do Batismo do SenhorEste ano, também, na festa do Batismo do Senhor, o Papa celebrará no altar da Capela Sistina. "Celebrar-se-á novamente no antigo altar para não alterar a beleza e harmonia desta jóia arquitetônica, preservando sua estrutura desde o ponto de vista celebrativo, e usando uma possibilidade contemplada pela normativa litúrgica"."Isso supõe que o Papa em alguns momentos, junto com os fiéis, se voltará para o Crucifixo, sublinhando também assim a orientação correta da Celebração Eucarística: a orientação ao Senhor".Entre outros elementos, o prelado sublinhou que os idiomas escolhidos para as leituras e para as intenções da oração dos fiéis querem refletir a participação de pessoas procedentes dos diversos países do mundo, enquanto o latim usado na celebração "expressa a unidade e a catolicidade, inclusive na diversidade das pertenças linguísticas".1º de Janeiro e Epifania"Ao canto das Vésperas do último dia do ano seguirão, também dessa vez, a exposição do Santíssimo Sacramento com o canto do Te Deum, de ação de graças, e a conseguinte bênção eucarística, que manifestarão a centralidade da adoração na vida da Igreja".Na Missa de 1º de janeiro participarão, na apresentação das oferendas e na leitura das intenções da oração dos fiéis, algumas crianças e adultos procedentes do Líbano, enquanto na Solenidade da Epifania, o Papa vestirá uma casula de Paulo VI, "como já fez em algumas celebrações, para sublinhar mais uma vez o necessário equilíbrio no uso litúrgico de coisas novas e antigas".Participação do Mistério da MissaEm resumo, observou, "o nascimento de Jesus não é só um fato do passado", mas "um fato que ainda hoje se faz vivo e presente na celebração litúrgica. Precisamente por isso o Natal se caracteriza pela alegria". "O encontro com o mistério de Deus, quando é autêntico, não pode deixar de provocar uma mudança na existência", explicou o prelado, e sublinhou a importância de que o rito "resplandeça luminoso e, portanto, capaz de fazer todos partícipes do mistério celebrado".
Canção Nova Notícias, com Zenit
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